As histórias de terror e de mistério
O que é
Oficina que propõe estratégias para a leitura de contos de terror e mistério
Para quem
Crianças e jovens já alfabetizados, dos 8 aos 14 anos
Onde fazer
Sala ampla ou biblioteca da escola ou organização
Em quanto tempo
Duas sessões de 90 minutos
Para quê
Promover a leitura de textos literários de terror e mistério
Estimular a leitura por prazer por meio de estratégias de antecipação, inferência e checagem
Materiais
Objetos e adereços variados, conforme descrito na oficina
Cópias da história selecionada a ser lida, em duas versões: com o final e sem o final
Papel sulfite
Canetas hidrográficas coloridas
E para desenvolver
Antes de começar o trabalho, a primeira coisa a se fazer é escolher a história que será lida.
Em bibliotecas públicas, bibliotecas de escolas, na Internet, você facilmente encontrará uma série bem variada dessas histórias, produzidas por bons autores.
Se você tem dúvida quanto ao que escolher, contate os professores de língua portuguesa das crianças ou jovens que você atende, ou bibliotecários, da escola ou organização.
Esses profissionais poderão fornecer a você indicações de obras a serem lidas.
Escolhida a história, você deve providenciar cópias suficientes para todos os participantes do grupo.
Melhor ainda, se possível, disponibilizar exemplares dos livros a todos, pois os alunosterão uma visão do conto fisicamente contextualizado.
Se não for possível disponibilizar os exemplares dos livros ou as cópias das histórias, ainda assim você poderá realizar a oficina, desde que haja um meio de tornar a leitura do texto possível para todo o grupo.
Você poderá, por exemplo, utilizar um retroprojetor ou datashow.
Em qualquer caso, não se esqueça de ter com você um exemplar do livro (para mostrá-lo ao grupo, caso a história tenha sido retirada de um livro) e também algumas informações sobre a vida e a obra do autor.
Esta oficina se divide em duas sessões.
Na primeira sessão, propõe-se uma estratégia de sensibilização e pré-leitura.
Na segunda, a história escolhida será efetivamente lida pelo grupo, com base na sensibilização.
Veja as orientações a seguir.
Novelas ou romances, há séculos essas histórias vêm conquistando a atenção de inúmeros leitores mundo afora.
A partir do século XIX, no mundo ocidental, essas histórias tornaram-se bem populares devido ao sucesso literário de escritores como Edgard Allan Poe, Mary Shelley, Guy de Maupassant, entre outros.
Atualmente, sobretudo para o público jovem, têm sido publicados contos e romances que misturam elementos de terror e mistério com amor ou encantamento.
A saga dos vampiros e lobisomens iniciada com Crepúsculo é um bom exemplo.
A estrutura dessas histórias não comporta muitas variações: há no conjunto de acontecimentos algum(ns) cuja explicação não é conhecida.
Isso desencadeia fatos que vão complicando a história e envolvendo o leitor na tentativa de desvendar o mistério, a fim de encontrar uma explicação plausível para os fatos.
Nas histórias de terror, um dos objetivos é despertar sentimentos como medo, susto e pânico nos leitores.
Já nas de mistério, busca-se, principalmente, a solução do enigma (muitas vezes, as histórias de mistério são também chamadas de “narrativas de enigma”). Para conseguir esse efeito, os autores dessas histórias
recorrem frequentemente ao sobrenatural: é comum — mas não obrigatório — que em ambos os tipos haja personagens como vampiros, bruxas, mágicos, seres fantásticos dotados de poderes e habilidades sobre-humanos.
Ao trabalhar a leitura dessas histórias com crianças e jovens será sempre importante levá-los a perceber como o mistério se liga com as ações das personagens e de que maneira ele se resolve.
Sessão 1 - Motivação ( dinâmica)
Para criar um clima de suspense
Leve para a sala uma caixa opaca, fechada, com objetos e adereços comuns em histórias de terror e mistério: fotografias de casas velhas e sombrias; fantasias, máscaras e demais objetos.
No meio dos objetos escolhidos, coloque também alguns que tenham relação direta com os personagens presentes na história que você escolheu para ler com o seu grupo.
Por exemplo, se uma das personagens da história for um vampiro, um dos objetos que a caixa deve conter é uma capa ou uma dentadura do vampiro.
Você convida o grupo a observar a caixa fechada e falar sobre o que imagina que ela contenha.
Deixe que falem livremente e sem pressa sobre o conteúdo da caixa.
Você pode dar pistas, caso perceba que haja dificuldade.
Em seguida, você abre a caixa e tira de lá o objeto que lhe parecer o mais significativo da história e, ao mesmo tempo, tira outro objeto, que tenha mais relações com o que o grupo tiver mencionado.
Mostre esses objetos a todos e pergunte se sabem o que é, para que serve, como se usa, etc.
Pergunte se alguém gostaria de pegá-lo ou tocá-lo.
Você oferece o objeto a um dos meninos ou meninas que se manifestar, perguntando-lhe o que faria com o objeto.
Após isso, você tira outro objeto da caixa e repete o procedimento.
Quando houver um conjunto de objetos nas mãos de vários meninos e meninas, você propõe o seguinte: “E se nós imaginássemos uma história com esses objetos e personagens, que história seria?
Feita a pergunta, você divide o grupo em equipes e propõe a cada uma que imagine uma história com base nos objetos retirados da caixa. Distribua papéis e canetas coloridas e sugira que escrevam ou desenhem a história à medida que a forem formulando.
Em determinado momento, você chama atenção de todos, fazendo algum gesto ou barulho e diz que você vai tirar da caixa um novo objeto que tem de fazer parte da história. Você abre a caixa e tira o novo objeto. As equipes devem prosseguir a conversa por mais algum tempo.
Terminado esse tempo, você reúne todos num grande grupo e solicita que as equipes contem umas às outras a história que imaginaram com os objetos e personagens saídos da caixa.
Pode-se formar um mural colando nele os papéis com os textos ou desenhos produzidos.
Sessão 2
No início desta sessão, você retoma o mural com os desenhos ou histórias produzidos na sessão 1 e a caixa com os objetos.
Relembre as histórias imaginadas pelo grupo com os objetos da caixa.
Anuncie, em seguida, que uma história de terror (ou mistério) será lida.
Se achar importante, comente sobre o autor da história, falando sobre sua vida e obra, sobre a época em que a história foi escrita e outras informações que você achar pertinentes.
Se tiver o livro, mostre-o ao grupo e deixe que o manuseiem.
Na sequência, retome a caixa e selecione todos os objetos que fazem parte da história.
Diga a todos que esses são alguns dos elementos que compõem essa história a ser lida.
Distribua as cópias da história sem o final.
Finalmente, comece a leitura coletiva em voz alta.
À medida que os objetos ou personagens forem aparecendo na história, você interrompe a leitura e questiona o grupo sobre o que eles imaginam que ocorrerá em seguida.
Compare oque acontece na história lida com as histórias imaginadas na sessão 1.
Deixe que falem livremente.
Ao chegar à parte do final, questione cada menino e menina sobre como eles supõem que a história terminará. Registre por escrito, num cartaz, alguma dessas versões.
Encerre a oficina lendo o final do conto.
O que mais pode ser feito
Você poderá, conforme a faixa etária dos alunos, apresentar informações sobre a vida e a obra do autor ou até mesmo solicitar que o grupo pesquise sobre ele, se achar adequado.
Em outras oportunidades, você pode convidar todos a buscarem outros exemplos de histórias de terror e mistério, para serem lidos e compartilhados com o grupo.
Esses exemplos podem ser depositados (caso sejam cópias em papel ou livros) na caixa utilizada durante a oficina e ficar à disposição de todos, para serem lidos e compartilhados em outros momentos e atividades.
Muitos filmes são baseados em contos de terror ou mistério.
Conforme a faixa etária dos alunos, você pode promover sessões de exibição desses filmes e conversas sobre as histórias.
Os temas de todas essas histórias poderão ser debatidos (conforme a faixa etária dos alunos) e algumas questões pertinentes poderão ser abordadas. Por exemplo:
• o que há nas histórias de terror e mistério que tanto atrai a atenção das pessoas
• por que sentimos vontade de ler (ouvir, ver) essas histórias
• por que os elementos sobrenaturais fascinam e encantam tanto as pessoas.
Outras questões podem também ser tratadas, ampliando o repertório dos meninos e meninas sobre os temas das histórias de terror e mistério:
• O que nos provoca medo e por quê?
• Como resolver os nossos medos e angústias do dia a dia?
• O que fazemos quando sentimos medo?
• O que leva as pessoas a se sentirem atraídas por fatos curiosos e sem explicação?
O registro dessas conversas pode ser socializado com outros grupos da organização ou escola e pode-se promover um grande debate sobre os temas tratados, ampliando o âmbito de ação da oficina de leitura.
Hora de avaliar
Retome as histórias escritas ou desenhadas durante a sessão 1 (o mural das histórias), os registros feitos na sessão 2 e proponha comparações entre as diferentes versões e finais imaginados pelo grupo.
Converse sobre esses finais imaginados e questione o grupo a respeito do que acharam do “verdadeiro” final da história.
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