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Colaboração e Direitos

Colaboração e Direitos Autorais
Olá amiga(o) ,
Fui professora dos projetos "Estímulo À Leitura",
"Tempo Integral" e a favor da leitura lúdica,
afinal, quer momento mais marcante que a fantasia da vida?
Portanto, será um prazer receber sua visita em mais um blog destinado a educação.
Nele pretendo postar comentários e apreciações de materiais didáticos de Língua Portuguesa, além de outros assuntos pertinentes, experiências em sala de aula, enfocando a interdisciplinaridade e tudo que for de bom para nossos alunos.
Se você leu, experimentou, constatou a praticidade de algum material e deseja compartilhar comigo,
esteja à vontade para entrar em contato.
Terei satisfação em divulgar juntamente com seu blog, ou se você não tiver um, este espaço estará disponível dentro de seu contexto.
Naturalmente, assim estaremos contribuindo com as(os) colegas que vêm em busca de sugestões práticas.
Estarei atenta quanto aos direitos autorais e se por ventura falhar em algo, por favor me avise para que eu repare os devidos créditos.
Caso queira levar alguma publicação para seu blog, não se
esqueça de citar o "Linguagem" como fonte.
Você, blogueira sabe tanto quanto eu, que é uma satisfação ver o "nosso cantinho" sendo útil e nada mais marcante que
receber um elogio...
Venha conferir,
seja bem-vinda(o)
e que Deus nos abençoe.
Krika.
30/06/2009

Linguagem social...

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sábado, outubro 06, 2012

O quarto de despejo>Cultura afro-brasileira> Aula sugestiva>>06/10/12

Cultura afro- brasileira

Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias, grupos culturais, descendentes de imigrantes de diversas nacionalidades, religiões e linguas [...] . ( MEC/SEC,1998).
A Lei nº 10.639/03 ” Altera a Lei nº 9.394 de novembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e obriga a incluir no Rede de Ensino a temática História e Cultura Afro-Brasileira”.
Valorizar a comunidade negra, contribuindo para a elevação de sua auto-estima;
Obter os mecanismos indispensáveis para o conhecimento de um Brasil fortemente marcado pela cultura africana, na expectativa de mudança da mentalidade preconceituosa;
Conhecer a história e a geografia da Africa;
Reconhecer a constante presença da marca africana na literatura , na musica, na criatividade, na forma de viver, de pensar, de andar, de dançar, de falar, de rir, de rezar e de festejar a vida;
Conhecer a história do Brasil contada sob a perspectiva do negro , com exemplos na política, na economia e na sociedade em geral;
Obter elementos necessários para que possa participar com segurança na elaboração do Plano- Político-Pedagógico de sua escola, oferecendo contribuição eficazes para o cumprimento da Lei nº 10.639/2003.



Vídeos para trablhar Conscientização Negra

Texto no contexto
Objetivos: ·
O aluno deverá ser capaz de:
Ler e interpretar o livro " O quarto de despejo " , de autoria de Maria Carolina de Jesus.
Conscientizar-se através da leitura do livro de que a mulher negra pode e deve ser inserida na sociedade.
Opinar acerca do tema abordado no livro de forma crítica.
Duração das atividades
Dois tempos de 50 minutos durante três dias na semana.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Relacionar assuntos tratados no texto do livro: " O quarto de despejo " - Maria Carolina de Jesus, com o cotidiano.
Conhecer o gênero textual sequenciado, em capítulos, do livro " O quarto de despejo " - Maria Carolina de Jesus.
Identificar diferentes fatos ocorridos no texto.
Saber interpretar textos variados: Artigos, Livros.
Estratégias e recursos da aula
1ª atividade:
 A professora fará a proposta à turma de realizar a leitura compartilhada do texto “ Cotidiano de uma favelada”, de Luana Schabib.
Moradora de um barraco, a personagem Carolina Maria de Jesus surpreendeu a sociedade paulista dos anos 60 ao escrever um retrato da miséria, sem retoques. Ela saiu da favela de maneira precipitada. Depois do sucesso do livro, ainda não tinha uma casa pra ficar, mas isso estava começando a ser feito com os recursos que o livro estava lhe dando. Então, sem comunicar a ninguém, de repente, foi morar num quarto dos fundos de uma pessoa de Osasco. Mas ela tinha razão de querer sair, porque os personagens do livro eram reais.
Ela escreveu no livro que "fulano de tal é bêbado", "fulana de tal vive dando em cima dos homens", quer dizer, evidentemente o sucesso do livro fez com que ela começasse a ser hostilizada lá”, diz Audálio. Alguns moradores apedrejaram o caminhão que foi pegar sua mudança.
Depois de um tempo, ela comprou uma casa no alto Santana, zona de classe média da capital. Foi o despejo da vida antiga, para uma nova, em que ela era convidada a fazer até livros de provérbios. Um grande exemplo de mulher, batalhadora, que a mídia tentou subverter pelo luxo envolvente. E, se de um lado apostavam na Cinderela brasileira, de um outro haviam as pessoas que não acreditavam que tal obra tivesse saído dela.
“O poeta Manuel Bandeira escreveu um artigo em que dizia que as pessoas não aceitavam que ela tivesse escrito por preconceito. Como é que aquela negra favelada foi escrever isso, coisas poéticas maravilhosas nos diários dela?”
Audálio hoje é um senhor que tem guardado o que restou dessa história, um jornalista que teve a sensibilidade de ouvir mais que falar, que conviveu com Carolina até seu falecimento, em 1977, apesar das divergências e dos conselhos nunca seguidos por uma mulher protagonista da sua história, que saiu da regra e decidiu falar em vez de abaixar a cabeça, fazendo a subversão necessária.


No primeiro momento a professora dará uma breve explicação acerca do texto apresentado, favorecendo assim a capacidade crítica do aluno enquanto cidadão de uma sociedade ainda preconceituosa.
No segundo momento a professora, após a leitura do texto realizada de forma individual e coletiva, solicitará que a turma divida-se em 5 grupos com 5 componentes cada.
No terceiro momento com a turma dividida em grupos, a professora fará a proposta de que os grupos façam a discussão sobre o texto, marcando as partes consideradas mais importantes, com o marca- texto.
No quarto momento a professora fará os seguintes questionamentos aos grupos:
O que mais gostou no texto?
O que chamou mais atenção?
Existe alguma relação entre a vida da protagonista do texto com a nossa realidade ou com outras realidades?
De que maneira Carolina Maria de Jesus poderia estar refletindo acerca dos seus problemas e buscando possíveis soluções para eles?
Você seria capaz de pensar se Carolina Maria de Jesus é feliz com a sua realidade de vida?
Justifique sua resposta.
O que poderia melhorar na vida de Carolina Maria de Jesus para que ela pudesse viver melhor?
A professora, após esses questionamentos pedirá a cada grupo que elabore um texto sobre o que gostaria de dizer à protagonista do livro em um blocão.
2ª Atividade:
A professora pedirá à turma previamente dividida em cinco grupos com 5 componentes cada, que realizem a pesquisa sobre mulheres negras e suas diversas atividades na sociedade. Após a pesquisa realizada a professora pedirá que cada grupo, faça a apresentação da protagonista pesquisada para a turma, dando a oportunidade para que os alunos debatam sobre cada mulher negra pesquisada.
Cada grupo a partir das apresentações feitas ampliará seu acervo acerca do tema trabalhado.
No segundo momento, a professora pedirá à turma que confeccionem um mural temático, com fotos de Carolina Maria de Jesus e outras mulheres negras.
No terceiro momento, a professora pedirá que a turma elabore um convite às outras turmas para visitarem a exposição.
3ª Atividade:
A professora pedirá à turma que realize a leitura do livro “O quarto de despejo " – Carolina Maria de Jesus, durante a semana.
Após a realização da leitura prévia do livro " O quarto de despejo", os alunos se reunirão em 5 grupos com 5 componentes cada para debater sobre a leitura do livro.
No decorrer da semana, os alunos irão aprofundar a leitura que estará sendo realizada, fazendo a enquete com a turma acerca do tema, instigando os mesmos a exporem suas opiniões sobre o livro.
No final da semana, após a realização da leitura do livro a professora pedirá que os 5 grupos, com cinco componentes cada, previamente divididos, reescrevam a história lida durante a semana de forma diferenciada, com estilo textual história em quadrinhos em folha A3. Reunidos em grupos, os alunos lerão as suas produções textuais, que serão expostas em um mural na sala de aula.
Imagens do livro com exemplo:







Recursos:
Folha de papel almaço.
Pilot.
Cartolina.
Blocão de papel pardo.
Fotos de mulheres negras.
O livro “O quarto de despejo”
Recursos Complementares
e-educador.com/.../1297-quarto-de despejo-diario-de-uma-mulher-favelada
Avaliação:
Na sala de aula os alunos reunidos em grupo realizarão um debate sobre a leitura do livro lido " O quarto de despejo ", expondo suas opiniões. Cada grupo elegerá um orador que terá como tarefa, apresentar a conclusão a que todos do grupo chegaram.
Após a finalização do debate, feito pelos alunos, os mesmos prepararão um mural temático, com fotos da protagonista do livro lido e de outras mulheres negras.
Os alunos reunidos em grupo deverão produzir um texto acerca das questões debatidas, escrito em um blocão.
Como culminância da avaliação, os alunos, em grupo, deverão produzir em folha A3, uma história em quadrinhos, utilizando-se de uma outra forma de produção textual.




O livro Quarto de Despejo é o diário de Carolina, uma catadora de papéis, semi-analfabeta, negra, pobre e favelada. É, também, autora, personagem e narradora do livro. Ela representa a voz dos excluídos, marginalizados por questões sociais e étnicas. É um diário autobiográfico e um documento sobre a vida de uma favela. São reflexões sensíveis e críticas. Todo o texto é como se fosse um espelho através do qual a autora olha a si mesma e, também, as pessoas que dividem com ela o seu espaço. É um diário diferente dos outros que são confidenciais. A autora procura denunciar as condições miseráveis de vida em uma favela.

O diário registra fatos importantes da vida social e política do Brasil, iniciando-se em 1955 e terminando em janeiro de 1960. Há no país uma grande euforia pelo início da construção de Brasília, que seria inaugurada em 21 de abril de 1960. O país se preocupava com a nova capital, idealizada por um Presidente da República bem popular entre as classes mais baixas. Ainda assim, a fome, a falta de saneamento básico e de moradia eram graves problemas. Carolina menciona em seu livro Jânio Quadros, Adhemar de Barros e Carlos Lacerda, este último, de forma irônica. Fatos da época são citados como um documentário que estava sendo filmado sobre a vida de um famoso favelado, o Promessinha. Jornais como o Diário da Noite e revistas como O Cruzeiro são lembrados pela autora.

O livro apresenta a narrativa em primeira pessoa. Fatos são contados envolvendo a opinião da autora (subjetivismo), além de considerar sobre a vida dos pobres e favelados, a atitude dos políticos, a exploração dos comerciantes e atacadistas e o desperdício de alimentos. Carolina mostra hábitos e costumes do seu meio social, observando fatos e atitudes das pessoas que conhece, destacando-se, ela mesma, como um elemento principal nessa favela. Há um tempo exterior, quando ela registra cronologicamente os fatos, e um tempo interior, nos seus momentos de reflexão.

Quarto de Despejo registra fatos do cotidiano de Carolina, durante cinco anos de sua vida e que foram selecionados na época da publicação. O ato de escrever para a autora é natural. Ela sempre dizia que, quando não tinha nada para comer ela preferia escrever. A linguagem é coloquial, ao seu modo. Não erra intencionalmente. Apesar da pouca instrução, suas descrições misturam hostilidade e lirismo.

Mineira de Sacramento, a autora foi para São Paulo, onde trabalhou como doméstica. Tornou-se catadora de papéis, de latas, ferros, e muitas vezes, de alimentos. Até ser descoberta e sair desse quarto de despejo, para se mostrar ao mundo. Deixou de ser catadora para distribuir pérolas literárias. Inocentemente. Humildemente.





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3 comentários:

  1. A GENTE CLICA EM ALGUNS CAMINHOS E NÃO EXISTEM MAIS LAMENTÁVEL COMO AS COISAS NA INTERNET SE PERDEM

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    1. Lamento também quando links saem do ar. Na mesma velocidade que nossa tecnologia avança, os materiais pesquisados também somem...

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