História
Cultura Afro/brasileira
Abolição da escravatura
Aproveite o dia 13 de maio para valorizar a cultura afro, incentivar o respeito às diferenças e estimular reflexões sobre preconceito e discriminação racial
Por Juliana Lambert
Objetivos:
★ Valorizar os mais diversos aspectos da cultura africana
★ Incentivar o respeito às diferenças
★ Abordar a abolição da escravatura de forma interdisciplinar (Português, História, Artes, Culinária, entre outras).
★ Estimular a reflexão sobre preconceito, discriminação racial e injustiça
Ninguém discorda que a escravatura é um capítulo triste da nossa história.
Mas viajar no tempo e ir além do preconceito, das injustiças e da discriminação racial pode nos ajudar a resgatar a herança deixada pelos africanos.
“A escravatura foi o meu primeiro plano de aula como professor e é um tema que me sensibiliza muito.
É preciso ter cuidado desde a sua elaboração no papel até a prática, pois envolve uma riqueza de detalhes e nem todos são apropriados para os alunos do Ensino Fundamental I”, comenta Cesar Frozza Rodrigues, professor de História e autor do livro Armazém de Ideias II: Desa fios Educacionais – Compartilhando Saberes (editado pela Associação dos Supervisores de Educação do Estado do Rio Grande do Sul).
O professor aconselha iniciar a aula com um breve contexto social e político do Brasil naquela época.
“Os alunos precisam entender por que foram usados escravos e conhecer o contexto social da África, que comercializava seus homens, mulheres e crianças.
Só assim, será possível contar o dia a dia dos escravos, explorar toda a herança cultural, alimentação e curiosidades”, sugere Cesar Rodrigues
Festas típicas
Organize imagens e filmes de samba-enredo, maracatu e bumba-meu-boi para mostrar aos alunos que é possível reconhecer a herança africana nas festas populares brasileiras.
Você sabia?
De origem africana, a capoeira foi criada no Brasil pelos escravos como uma forma de defesa e, embora tivesse sido proibida na época da escravidão, nunca deixou de ser praticada.
Os senhores acreditavam que se os escravos treinassem uma forma de defesa pessoal trariam muitos problemas.
Dica esperta!
Mostre para as crianças toda a flexibilidade do teatro.
O negro pode ser interpretado por um branco, o papel de idoso pode ser feito por uma pessoa jovem, e por aí vai.
O que vale para o espectador é a boa interpretação e a caracterização dos atores.
Religião do outro continente
Ao desembarcarem no Brasil como escravos, os negros se agarraram especialmente em suas crenças religiosas.
Ao entrar em contato com as religiões que já predominavam no país, deram origem ao Candomblé e a Umbanda, crenças afro-brasileiras.
Que tal dividir a turma em grupos e pedir que pesquisem as características de determinadas religiões?
É uma excelente oportunidade para abordar a questão do preconceito e valorizar a importância de respeitar a crença do outro.
Construa também uma maquete de engenho com seus alunos, para explicar sobre o trabalho escravo, seguindo a atividade executada pela arte-educadora Andressa Morais:
Maquete de engenho
Materiais:
• 1 tampa de papelão
• Folhas de papel color set nas cores verdeescuro, azul, marromclaro e vermelho
• Folhas de papel laminado nas cores amarelo e azul
• Contact marrom
• Tiras de crepon verde
• Tinta acrílica preta
• 1 pote de margarina vazio sem tampa
• 1 pote de sorvete vazio sem tampa
• 13 bonecos de plástico
• Palitos de sorvete
• Sisal e lã marrom
• Papelão ondulado amarelo
• 1 carretel e 1 botão preto
• 2 bolas de isopor médias
• 1 Pedaço de madeira fina de 8 cm
• 2 moldes de vacas e 2 moldes de cavalos em E.V.A. marrom
• Tesoura sem ponta
• Cola quente
• Raspa de serragem ou resto de lápis apontado
• 2 garfos de bolo de madeira com 2 dentes
1. Desmonte a tampa de papelão, deixando-a plana, e encape com color set verde, para a base da maquete.
2. Encape o pote de sorvete com laminado amarelo para fazer a casa grande e o pote de margarina com color set marrom para a senzala.
3. Corte um quadrado numa das laterais do pote de margarina encapado para a entrada. Faça o acabamento do telhado e portas com palitos de
4. Dobre o papelão ondulado amarelo ao meio para fazer o telhado da casa grande. Dê o acabamento fazendo cortes ondulados na beira
5. Faça duas janelas com color set vermelho, as venezianas com o ondulado amarelo, uma porta no laminado azul e cole o botão na porta representando a
6. Fure a bola de isopor com o garfo de bolo. Encape-as com as tiras de crepom verde claro e encape o cabo do garfo com contact marrom para formar as árvores.
7. Cole o sisal em forma de X no carretel para representar a moenda.
8. Pinte doze bonecos com tinta preta para representar os escravos e deixe um boneco sem pintar, para representar o feitor. Cole alguns bonecos na ponta de cada sisal, já
9. Cole um boneco no pedaço de madeira de 8 cm e cole na base de papelão representando o tronco em que os escravos apanhavam. Cole atrás do tronco o
10. Cole um pedaço de palito de sorvete como base nos moldes dos cavalos e das vaquinhas para dar apoio e cole na maquete onde desejar.
11. Desenhe um rio no color set azul e cole em uma das pontas da base. Cole outros bonecos em círculo representando uma roda de capoeira. Cole raspagens de serra e color set marrom na área dos animais ou decore a maquete como preferir.
Você sabia?
• ...a palavra “áurea” significa ouro?
• ...a escravidão vigorou por quase três séculos no Brasil?
• ...a Lei Áurea (1888) foi precedida da Lei do Ventre Livre (1871), que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e da Lei dos Sexagenários (1885), que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade?
Dica de leitura!
• Na Gamboa Tem Capoeira Boa Coleção Vamos Cirandar pela Cultura Popular
Nesse livro, você vai descobrir o que é a capoeira, conhecer sua origem e seus encantos, acompanhando Eugênia e sua curiosidade sem fim. A envolvente história de Izabelle Arruda e as coloridas ilustrações de Joana Lira mostram a magia e a força de uma das nossas tradições mais praticadas em todo o país.
Autora: Izabelle Arruda
Ilustrador: Joana Lira
Editora: Escala Educacional
Arte e história africanas
Veja sugestões de atividades para o Dia da Consciência Negra
Robson A. Santos*
Objetivos:
★ Trabalhar o Dia da Consciência Negra com os alunos, valorizando a participação da cultura africana na formação da cultura nacional
Em novembro, a temática africana vem à tona com o Dia da Consciência Negra, uma data que promove uma importante reflexão sobre a contribuição do povo africano em diversos setores do nosso país.
O estudo da cultura e da história afro-brasileiras nas escolas é obrigatório há sete anos, segundo a Lei nº 10.639/2003.
Com os menores, a data pode ser trabalhada na aula de artes e por meio de contação de história. Nossa sugestão é a confecção de uma máscara africana e a leitura do conto "A lenda do tambor africano". Boa leitura e boa aula.
Máscara
Veja como fazer uma máscara com influências africanas e usá-la em brincadeiras e durante a contação de histórias. A proposta é da arteeducadora Simone Faure Bellini, do Guia Prático.
Materiais:
★ pratinho de papelão cortado conforme o molde
★ tinta guache ou acrílica marrom
★ pincel
★ retalhos de EVA preto, vermelho eamarelo, cortados conforme o molde
★ tesoura e furador
★ cola quente ou cola branca
★ barbante desfiado
★ sisal
★ elástico
1. Pinte o pratinho com a tinta marrom.
2. Corte os olhos e a boca.
3. Cole os moldes do rosto, o barbante desfiado e o sisal.
4. Faça dois furos nas laterais e amarre o elástico.
A lenda do tambor africano
Reconto de Robson A. Santos
Dizem lá na Guiné-Bissau que a primeira viagem à Lua foi feita por um macaquinho de nariz branco que queria trazê-la para a Terra.
Vários macacos haviam tentado, mas nenhum conseguia alcançar a Lua. Certo dia, um deles teve a ideia de formar uma grande torre, em que um macaquinho escalaria o outro. E assim fizeram. Um foi montando nas costas do outro até conseguirem chegar à Lua. Mas, quando finalmente chegaram lá, a pilha de macacos se desequilibrou e desmoronou. O último macaquinho, porém, ficou pendurado na Lua, com medo de cair. Com pena, a Lua deu-lhe a mão para que ele subisse até ela.
Eles rapidamente se entrosaram, e um gostou muito do outro. Assim, o macaco de nariz branco ficou morando com a Lua, até que começou a sentir saudade de casa. Então, ele foi até ela e pediu para voltar ao seu país. A Lua permitiu, e deu-lhe de presente um tamborzinho. Ela amarrou o macaco e o presnte em uma corda, por onde desceriam até chegar ao solo. Mas a Lua lhe fez um pedido: que ele tocasse o tamborzinho bem forte quando chegasse na Terra, para que ela, então, cortasse a corda. Mas ele só deveria tocar o instrumento quando estivesse seguro. Porém, ao começar a descer, o macaquinho, curioso, não resistiu e começou a tocar o tambor.
Pensando que o macaco já havia chegado, a Lua cortou a corda. O macaquinho despencou, se esborrachando no chão. Machucado, chamou uma moça que por ali passava e entregou-lhe o tamborzinho, pedindo que o entregasse aos homens de seu país. A moça o fez, e foi assim que, na África, começaram- -se a ouvir os primeiros toques do tambor.
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