Aprendendo sobre o mundo
Diferenças culturais
Poucos sabem, mas hoje, dia 25 de junho, é o dia do imigrante, uma imagem bastante comum aqui no Brasil e que pode ensinar muito para as crianças.
Saber da onde veio o avô, a bisa ou o tataravó, assim como frequentar bairros típicos, como o da Liberdade em São Paulo, maior reduto da comunidade japonesa na cidade, estimula a imaginação dos pequenos além de ajudar muito na hora de ensinar sobre os outros países e povos que existe no mundo.
Também é possível encontrar diversos livros infanto-juvenis que falam sobre o assunto e podem nos dar uma mãozinha na hora de explicar culturas tão diferentes. Um clássico é o livro Transplante de menina, indicado para os leitores a partir dos 13 anos, e escrito por Tatiana Belinky, poeta, tradutora e dramaturga que nasceu na Rússia e aos 10 anos de idade migrou para o Brasil com sua família.
Para os mais novos uma boa dica é a coleção “Imigrantes do Brasil” publicada pela editora PandaBook e recomendado para crianças a partir dos 8 anos de idade.
Os livros contam histórias de avôs de diversas nacionalidades, são nove títulos no total, entre eles: meu avô português, meu avô árabe, meu avô japonês, meu avô alemão e assim por diante.
A Companhia das Letrinhas também lançou uma série chamada “Memória e História” que trata das diferenças e semelhanças entre a cultura brasileira e as diversas culturas estrangeiras com as quais convivemos todos os dias.
Fonte: AQUI
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O livro conta a infância da autora vinda da Rússia para o Brasil.
O enfoque principal é o carnaval
No estudo do texto há o enfoque imigratório
Leia um trecho do livro Transplante de menina e saiba que impressões Tatiana Belinky guardou na memória sobre o primeiro carnaval que viu no Rio de Janeiro.
Carnaval no Rio de Janeiro
“E foi nessa Avenida Rio Branco que tivemos a nossa primeira impressão – e que impressão! – do carnaval brasileiro. [...] o que nós vimos, no Rio de janeiro, não se parecia com nada que eu pudesse sequer imaginar nos meus sonhos mais desvairados.
Aquelas multidões enchendo toda a avenida, aquele “corso” – o desfile interminável e lento de carros, para-choque com para-choque, capotas arriadas, apinhados de gente fantasiada e animadíssima. Todo aquele mundaréu de homens, mulheres, crianças, de todos os tipos, de todas as cores, de todos os trajes – todos dançando e cantando, pulando, saracoteando, jogando confetes e serpentinas que chegavam literalmente a entupir a rua e se enroscar nas rodas dos carros… [...]! E os “cordões”, os “ranchos”, os “blocos de sujos” – e todo o mundo se comunicando, como se fossem velhos conhecidos, se tocando, brincando, flertando – era assim que se chamavam os namoricos fortuitos, a paquera da época -, tudo numa liberdade e descontração incríveis, especialmente para aqueles tempos tão recatados e comportados… [...]
Ah, as marchinhas, as modinhas, as músicas de carnaval. [...]
E pensar que a gente não compreendia nem metade do que estava acontecendo! Todo aquele alarido, todas aquelas luzes, toda aquela agitação, toda aquela alegria desenfreada – tudo isso nos deixou literalmente embriagados e tontos de impressões e sensações, tão novas e tão fortes que nunca mais esqueci aqueles dias delirantes. Vi muitos carnavais depois daquele, participei mesmo de vários, e curti-os muito. Mas nada, nunca mais, se comparou com aquele primeiro carnaval no Rio de Janeiro, um banho de Brasil, inesquecível…”
Tatiana Belinky, Transplante de menina. São Paulo: Moderna, 2003. P.101-3.
Vocabulário
Corso= no texto quer dizer cortejo de automóveis, comum nos carnavais antigos.
Rancho= no texto quer dizer grupo carnavalesco.
Cordão= no texto quer dizer grupo de foliões carnavalescos.
Estudo do Texto
1) Copie do texto o trecho que resume o quanto a narradora gostou daquele carnaval.
2) Releia o trecho:
*Responda:
Por que a narradora não compreendia tudo o que estava acontecendo?
3) A autora, além de descrever com riqueza de detalhes a Avenida Rio Branco, o desfile dos carros, as pessoas, conta o que sentiu. Copie do relato duas frases ou expressões que confirmem essa afirmativa.
4) Releia o trecho final do relato.
*Explique o que você entendeu desse trecho.
5) Leia mais um trecho do último parágrafo.
*Agora leia o verbete embriagar.
Embriagar v.1. Fazer uma pessoa tomar muita bebida alcoólica, ficando tonta e vagarosa de movimentos: alcoolizar, embebedar. 2. Deixar alguém muito entusiasmado: encantar, elevar, extasiar, inebriar.
*Responda:
O que a narradora quis dizer com “literalmente embriagados”?
6) Imaginem e desenhem as cenas com o tema “ O inesquecível carnaval de Tatiana Belinky”
Respostas:
1) “Vi muitos carnavais depois daquele, participei mesmo de vários, e curti-os muito. Mas nada, nunca mais, se comparou com aquele primeiro carnaval no Rio de Janeiro...”
2) Porque ela, a narradora, é imigrante e, na época estava há pouco tempo no Brasil e não conhecia quase nada de nossa cultura.
3) Sugestão de respostas: 1º parágrafo: “e que impressão!”, “ o que nós vimos no Rio de Janeiro, não se parecia com nada que eu sequer pudesse imaginar nos meus sonhos mais desvairados”. 2º parágrafo: “liberdade e descontração incríveis”, 3º parágrafo: “Ah, as marchinhas”, 4º parágrafo: “nos deixou literalmente embriagados e tontos de impressões”, “nunca mais se comparou”.
4) Resposta Pessoal. Sugestão de resposta: Nesse momento a narradora enfatiza que, participando daquele carnaval, ela teve uma demonstração da cultura brasileira: danças, música, ritmo, alegria, animação características do povo brasileiro.
5) Ela quis dizer de verdade, verdadeiramente entusiasmados, inebriados, encantados, extasiados.
Fonte: Textos e atividades envolvendo histórias e relatos:
Aula sobre memórias baseada nesta obra de Tatiana Belinky
Aula para 5º ano
Sugestão de atividade dirigida
Observação do Linguagem
Assunto de interesse mundial: Migração dos refugiados de guerras para a Europa.
Tratando de diferentes culturas,inclusão,necessidades diversas, como fugir da fome,etc.
Linguagem abordará na literatura infantil,de forma mais suave, os imigrantes que vieram para o Brasil.
Assunto para alunos do fundamental,anos finais em diante,porém, pode ser tratado com os menores,de forma que cada professor julgar adequada.
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