Daniel Munduruku
Temas: Ética / Meio ambiente / Pluralidade cultural / Relatos de experiências / Lenda / Cultura Indígena / Tradição oral
Este é um livro que homenageia os que contam histórias.
Que mostra o papel da família indígena na educação dos filhos.
É também um relato das vivências do escritor Daniel Munduruku, que através dos seus belos livros infantis vem ressaltar a sua cultura e o seu povo.
Catando piolho e contando histórias, traz um cenário profundo e real da convivência em uma aldeia indígena, fala da importância e do respeito aos mais velhos, da sabedoria que eles carregam e que são relatadas em suas histórias que falam das caças, pescas, danças e dos surpreendentes encontros com os animais.
O livro mostra que quem vive em uma aldeia sabe que todos são responsáveis por tudo, inclusive pelo bem estar um do outro e que alguns sacrifícios são importantes para se manter o equilíbrio da natureza e para que o nosso mundo continue vivo e feliz.
Algo que me emocionou bastante no livro foi como é mostrado para as crianças os sinais que a natureza envia e que para ouvir e entender, um curumim precisa apenas brincar.
Brincando ele é capaz de sentir a vida de perto. Sentir a terra, ouvir o barulho das águas e dos ventos batendo nas folhas das árvores, convivendo com os animais e sentindo o cheiro da mata.
Outro capítulo muito forte é quando ele mostra a belíssima relação avô-avó-pai-mãe-filho, estão todos ligados. O simples fato de catar piolhos quando a mãe pega o menino-quase-homem e a menina-quase-mulher e deita no seu colo.
"E nessa hora o mundo pára e ficamos totalmente entregues ao carinho mágico das nossas mães, que não param de nos acariciar a cabeça atrás dos teimosos piolhos."
Daniel Munduruku.
Fonte
Aula/Discurso direto e indireto: AQUI
Releitura: AQUI
PDF/Atividade: AQUI
Ouvindo a história: AQUI
Fafá conta: AQUI
A LITERATURA INDÍGENA E O RESPEITO
À PLURALIDADE CULTURAL BRASILEIRA
Todo Brasileiro, mesmo o alvo de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo (...) a sombra ou pelo menos a pinta do indígena e do negro"
(Gilberto Freire - Casa Grande & Senzala)
Vejam tudo
A princesinha e o piolho esperto
Em um lindo Reino, repleto de flores coloridas, com rosas perfumadas e muitas margaridas, vivia uma linda princesinha, que não gostava de lavar a cabeça, nem de pentear seus longos cabelos. Sua mãe, a rainha, ficava muito triste, pois a bela princesinha estava ficando feia e descabelada.
Até que um dia, um piolho esperto notou a sujeira no cabelo embaraçado da princesinha e pensou: - “Belo lugar para viver, pois não serei incomodado, nem pela água, nem pelo sabão e muito menos por aquele chato pente de dentes afiados”.
E assim fez. Mudou-se com sua família para a cabeça da princesinha.
Quando se movimentavam, a menina quase morria de tanta coceira e começava a chorar, mas ninguém sabia o que estava acontecendo com ela.
O dia de seu aniversário estava chegando e a princesinha iria ser coroada. Seu pai, o Rei, encomendou uma linda coroa de ouro, coberta de pedras preciosas.
A princesinha estava muito feliz, mas nem assim deixou sua mãe lavar e pentear os seus cabelos. E, na hora da coroação, quando o rei colocou a coroa na cabeça da princesinha, a coroa saiu voando... voando... voando, cada vez mais alto, até sumir no céu.
Todos exclamaram admirados:
- “ É uma coroa mágica!”
O Rei deu ordens a todos do Reino que procurassem a coroa da princesa, prometendo um prêmio para quem a encontrasse.
Todo o Reino saiu à procura da coroa. Procura daqui... Procura dali... Até que chegaram a um outro reino distante com uma população minúscula.
Era o Reino dos piolhos!
Aí, descobriram que os piolhos, que viviam na cabeça da princesinha acharam a coroa tão bonita, que resolveram se unir e levá-la voando para o seu Reino. Para isso, pegaram carona em um grande pássaro.
Ficou muito bonita. Seus cabelos longos, agora, estão bem cuidados e sedosos.
Nunca mais os piolhos a incomodaram.
Seu pai, o Rei, mandou fazer uma nova coroa ainda mais bonita e todo o Reino compareceu à coroação da linda e penteada princesinha.
E os piolhos?
Estão por aí, procurando um outro cabelo sujo e despenteado onde possam morar.
Alguém viu?
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