foi o livro que meu filho menor, decidiu comprar em nosso último passeio à Livraria.
Deixei-o comprar. Sempre incentivo seu gosto pela leitura.
Depois, também fui ler o livro; afinal, precisava conhecer o conteúdo do que meu filho havia lido.
Que surpresa boa!!!
O livro conta de uma forma bastante interessante uma história sobre os ‘nossos’ monstros e como eles se organizaram para protestar contra a desvalorização dos ‘monstros nacionais’. Comecei a gostar da leitura.
Na 2ª parte, a autora descreve os monstros.
Passa-nos a ficha completa deles: nome, lugar de origem, tribo, brincadeira, qualidade, defeito e mania.
Comecei minha incursão por esse conhecimento e deparei-me com uma figura que me pareceu extremamente familiar: a Cabra-Cabriola.
Vibrei!!!
Afinal, havia conseguido um nome para umas ‘figurinhas famosas’ que rondam as relações interpessoais e afetam diretamente a comunicação e a produtividade das pessoas dentro e fora das organizações.
Eis a descrição:
“Sua boca é enorme e cheia de dentes afiados.
A voz grossa e irritante.
De seus olhos, nariz e boca saem chispas de fogo.
E, da inocente cabra mesmo, ela nada tem.
Ao contrário de outros monstros da mitologia folclórica brasileira, a Cabra-Cabriola é um monstro inteligente, capaz de preparar grandes estratégias só para conseguir entrar nas casas à noite e devorar criancinhas.
Por exemplo, ela pode aprender a imitar a voz das pessoas a fim de enganá-las. Mas é fácil descobrir a armadilha porque ela não tem a capacidade de se transformar.
Embora more no campo, ouve-se falar dela até mesmo no litoral nordestino.
Mas sua verdadeira origem é portuguesa.”*
‘Que interessante’ - pensei. Lembrei-me de pessoas, várias, que me passam exatamente esta imagem através de sua comunicação e atitudes:
“Sua boca é enorme e cheia de dentes afiados.
A voz grossa e irritante.”
Boca enorme para falar o que não deve, dentes afiados que deveriam morder a própria língua; uma voz que, independente do tom, sempre é irritante pois nunca transmitem otimismo, apoio, compreensão, mas sempre estão prontas a criticar, reclamar, apontar falhas, apontar pessoas culpadas.
É uma voz de individualismo e prepotência, voz de isolamento e presunção.
Voz irritante.
“De seus olhos, nariz e boca saem chispas de fogo.”
É incrível como as Cabras-Cabriolas que nos cercam disparam chispas de fogo para nos abater com um olhar; com uma respiração mais forte demonstrando deboche ou enfado, com uma palavra que nos queima por dentro tentando atingir seu intento maior: nossa pior reação, aquela que ela - a Cabra - quer que tenhamos.
É uma boca que provoca, debocha, escarnece.
É uma boca de onde só saem chispas de fogo.
Ah!!! Estas Cabras-Cabriolas nos cercam…
“… a Cabra-Cabriola é um monstro inteligente, capaz de preparar grandes estratégias só para conseguir entrar nas casas à noite e devorar criancinhas.”
Elas têm uma característica que marca os monstros e os vilões:
São inteligentes para o mal.
Nossa!! Como são altamente estratégicas para prejudicar pessoas.
Preparam grandes estratégias para mentir, omitir, deturpar, subornar…. Devorar os que entram em seu caminho, custe o que custar.
“Por exemplo, ela pode aprender a imitar a voz das pessoas a fim de enganá-las.”
São experts nestas manobras. Manobras de engano, falsidade, desonestidade.
“Mas é fácil descobrir a armadilha porque ela não tem a capacidade de se transformar.”
Ôpa!!
Monstros e vilões têm que ser descobertos e nunca vencem o bem.
Que bom!
Temos uma forma para descobrir quem são as Cabras-Cabriolas que nos cercam: Cabras-Cabriolas não têm a capacidade de se transformar.
Não desejam crescer por isso não podem se transformar.
Não desejam aprender, logo, não podem se transformar.
Não sabem se comunicar, por isso não podem se transformar.
Não conseguem conviver com a diversidade e aprender com as diferenças, por isso não podem se transformar.
Não reconhecem virtudes nos outros; não reconhecem ‘outros’, por isso não podem se transformar.
Cabras-Cabriolas só querem assustar.
Cabras-Cabriolas só querem ‘cabriolar’ - fazer movimentos sinuosos, sem apresentar nenhum resultado efetivo para o próprio bem e para o bem do grupo.
Só querem aparecer, mas não produzem nada, não agregam nada; não compartilham nada, porque nada têm para compartilhar.
Cabras-Cabriolas não querem mudar.
Precisamos conviver com elas, infelizmente.
Mas não precisamos satisfazê-las.
Elas estão ao nosso redor e vão permanecer; então:
Mantenha-se firme no controle da sua emoção
Mantenha-se no controle de sua comunicação.
Mantenha o seu comportamento em suas mãos, não o entregue às ‘cabras-cabriolas’.
Lembre-se: elas não têm a capacidade de se transformar.
Nós temos.
Elas não querem se transformar.
Nós queremos.
Que as impacientes Cabras-Cabriolas que nos cercam, se cansem rapidamente de nós e partam para ‘cabriolar’ em outras bandas!
Que a insuportável convivência com seres-humanos, profissionais de alto nível de competência e segurança, que não precisam ‘apagar’ os colegas para conseguir mostrar seu brilho, faça-as correr em disparada para outros lugares. Aliás..
Que não haja lugares para cabras-cabriolas em nossas vidas e empresas!
Vi,Li,Gostei e Recomendo
Nome: Cabra-CabriolaLugar: Nordeste
Tribo: Monstros
Brincadeira: Cabra-cega
Qualidade: Esperta
Defeito: Impaciente
Mania: ‘cabriolar’ = dar pulos e fazer movimentos sinuosos
* Livro: O Mais Assustador do Folclore - Editora: Caramelo
Autora: Luciana Garcia - www.edcaramelo.com.br
Esta autora tem mais dois exemplares sobre o folclore,bem ricos em informações,os quais também uso em minhas aulas.
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