DIA DA POESIA
HOMENAGEM DO LINGUAGEM À
RICARDO AZEVEDO
Tenho uma admiração muito especial por este grande escritor/poeta.
Sinto-me honrada de ter conhecido algumas de suas obras e por esta razão esta homenagem.
Vem aí o dia da poesia,14 de março, quer melhor ocasião para falar dele?
Fiz uma postagem sobre o livro " Aula de carnaval e outros poemas", se vocês não viram, fica pro próximo carnaval!
Agradecço muitíssimo sua atenção, dada aos meus projetos, na Escola Estadual Coronel Casimiro Osório, em Itajubá,MG, onde me aposentei recentemente.
Abaixo, uma postagem do blog:
Com mais de cem livros infantis publicados, Ricardo Azevedo, nascido em São Paulo, considera-se um “bagunceiro da linguagem”. Segundo ele, poetas são sujeitinhos inconvenientes, que gostam de fazer bagunça e mudar tudo de lugar.
Bagunçam a verdade, mexem com a inocência das palavras, seu som, seu peso, sua cor e seu ritmo que, muitas vezes, se insinua entre duas sílabas.
Dessa forma, contrariam hábitos e convenções, “acordando” a linguagem de uma espécie de sono, enriquecendo-a com novos sentidos.
Esse “bagunceiro” não pretende explicar, mas sim partilhar suas inquietações: sobre violência, amadurecimento pessoal, o mistério que são os outros e a própria poesia.
POEMA DO TEMPO
Tem o importante que sabe que é comum
Tem o comum que se acha importante
Tem o diamante que sabe que é pedra
Tem a pedra que se acha diamante
Enquanto isso, o tempo passa levando
comuns, importantes, pedras e diamantes
Ao lermos em voz alta o poema "Eu passei um dia inteiro", percebemos que o texto possui um ritmo, uma cadência que organiza as frases: isso é muito comum em poesia.
De acordo com Ricardo Azevedo, esse gênero esteve ligado à música em diferentes circunstâncias históricas.
Eu passei um dia inteiro
pra fazer essa modinha,
você chega e vem dizer
que a modinha não é minha?
A modinha é minha, sim,
quem não sabe, vai saber,
não tem como duvidar,
vou provar por a mais b.
Veja só o jeito dela:
confusa, desajeitada,
coitada, destrambelhada,
capenga, desengonçada.
Basta olhar pra cara dela:
disforme, deselegante,
quadrada, mal-ajambrada,
mixórdia marca barbante.
Rima pobre, manquitola,
arremedo incompetente,
tentativa que não cola,
só amola, infelizmente.
Sem assunto, sem idéia,
banal, batida, bisonha,
lengalenga, logorréia,
sem sentido, nem vergonha.
Tal bobice é um bagulho
é tolice atrapalhada,
é só burrada e barulho,
de poesia não tem nada.
Vou parando por aqui,
já chega de picuinha.
Quero ver quem vai dizer
que a modinha não é minha!
Livro aqui
Ps: Sr "Bagunceiro da linguagem"
não tenho este livro....(krika)
Ao ser perguntado sobre “o que é a poesia”, Ricardo Azevedo diz que o ser humano é um ser que pergunta, e a poesia tem a ver com isso.
“Para responder a suas constantes indagações, o homem inventou as religiões, as ciências, as filosofias e também as artes.
Vejo a poesia e a própria literatura, ou seja, as artes feitas com palavras, como formas de perguntar, interpretar, discutir e de compartilhar, por meio da ficção, assuntos que emocionam, encantam ou perturbam a todos nós”.
Livro Aula de carnaval e outros poemas
Ricardo Azevedo
Editora Ática
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Justa homenagem, amiga...
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