- Autor: Geert De Kockere
- Ilustrador: Klaas Verplancke
- Tradutor: Vânia M. A. de Lange
- Tema: Ética / Pluralidade cultural / Fábulas / Animais / Filosofia
- Faixa Etária: A partir de 8 anos
Trocando uma Ideia é um livro cheio de reflexões filosóficas que norteiam o diálogo entre divertidos e contrastantes animais.
A vida, o conhecimento e a inteligência, os sentimentos, a fé, a amizade, a beleza, uma gama de temas abordados de uma maneira surpreendente e bem humorada. Uma obra que irá introduzir a criançada ao mundo inquietante da filosofia, com muita diversão.
Afinal, é natural do ser humano, desde a infância, querer compreender o mundo e a si mesmo.
O livro é composto por 15 divertidos e surpreendentes diálogos sobre diversos assuntos ligados à vida. O Pinguim discute com o Urso Polar sobre suas cores prediletas. O Gafanhoto está apaixonado e tenta explicar isso a uma joaninha.
A Minhoca tenta convencer a Galinha de que ela, na verdade, não é uma minhoca
A cada diálogo e a cada virar de página, um mundo de reflexões, de possibilidades e de diferentes pontos de vista.
O Elefante e o Caracol
Eu acho que vou morrer, disse o Elefante. O tempo estava frio, muito frio.
O Elefante olhou com tristeza. Morrer?, perguntou o Caracol, que estava visitando o Elefante. Sim, disse o Elefante. É isso mesmo. Eu acho que vou morrer. Com o é que você sabe?, perguntou o Caracol. Eu sinto, disse o Elefante. E tentou olhar de um jeito ainda mais triste. No dedão do pé? Não, disse o Elefante. Bem dentro de mim. Ah..., disse o Caracol. E pensou, durante um bom tempo, sobre algo que vem de dentro. Onde seria isso? Bem dentro do Elefante seria como dentro da Minhoca? Da Formiga. Dá Medo?, perguntou finalmente o Caracol. Não, disse o Elefante, é uma sensação profunda. Como se você fosse viajar para muito longe e por muito tempo. Ah..., disse o Caracol de novo. E pensou, durante um bom tempo, sobre viajar para longe. Para onde poderia ser? Será que viajar para longe era para o Elefante tão longe quanto para o Besouro?
O Elefante olhou com tristeza. Morrer?, perguntou o Caracol, que estava visitando o Elefante. Sim, disse o Elefante. É isso mesmo. Eu acho que vou morrer. Com o é que você sabe?, perguntou o Caracol. Eu sinto, disse o Elefante. E tentou olhar de um jeito ainda mais triste. No dedão do pé? Não, disse o Elefante. Bem dentro de mim. Ah..., disse o Caracol. E pensou, durante um bom tempo, sobre algo que vem de dentro. Onde seria isso? Bem dentro do Elefante seria como dentro da Minhoca? Da Formiga. Dá Medo?, perguntou finalmente o Caracol. Não, disse o Elefante, é uma sensação profunda. Como se você fosse viajar para muito longe e por muito tempo. Ah..., disse o Caracol de novo. E pensou, durante um bom tempo, sobre viajar para longe. Para onde poderia ser? Será que viajar para longe era para o Elefante tão longe quanto para o Besouro?
Ficaram um pouquinho em silêncio. O Elefante ergueu a vista. Sua tromba fumegava no ar gelado. E o Caracol continuava pensando. Sobre morrer. E sobre o que vem de dentro. E sobre viajar para longe.
Mas, afinal de contas, perguntou o Elefante depois de um momento. O que você veio fazer mesmo? Ah..., disse o Caracol. Nada de especial. Ele olhou um pouco para as pontinhas de seus pedúnculos, que esfregava suavemente um sobre o outro. Com se quisesse se aquecer. O Elefante ficou muito curioso. Fala, vai, disse o Elefante. Bem..., disse o Caracol. Ele ainda hesitou um pouquinho.Bem, já que você quer mesmo saber: eu vim perguntar se você vem na minha festa de aniversário. Mas agora que você vai morrer, não dá. Ah..., disse o Elefante, ah... Ele olhou de repente, um pouco menos triste. Então baixou sua tromba até bem perto do Caracol e cochichou: Talvez, Caracol, talvez eu espere ainda um pouquinho antes de morrer. Até depois da sua festa...
Geert De Kockere e Klaas Verplancke. Trocando uma idéia. São Paulo: Brinque Book, 2007.
6 - Esse texto é dialogado, mas não possui travessões. Que recurso o autor usou para marcar os diálogos?
7 - A quem o verbo grifado no trecho a seguir se refere?
Ficaram um pouquinho em silêncio. O Elefante ergueu a vista. Sua tromba fumegava no ar
gelado. E o Caracol continuava pensando. Sobre morrer. E sobre o que vem de dentro. E sobre viajar para longe.
8 - Diante do convite para a festa do Caracol, o Elefante adia seu plano. Que plano era este?
9 - Na leitura da história, percebe-se que o Elefante demonstra sua dramaticidade, não só nas palavras ditas, mas nos gestos, na linguagem do corpo. Escolha um trecho que exemplifique a dramaticidade desta personagem e , reescreva-o aqui.
10 - Leia o trecho a seguir:
Eu acho que vou morrer, disse o Elefante. O tempo estava frio, muito frio. O Elefante olhou
com tristeza. Morrer?, perguntou o Caracol, que estava visitando o Elefante.
a) Nele encontramos o registro de uma conversa entre o Caracol e o Elefante. Essa conversa já aconteceu? Justifique sua resposta usando o tempo verbal como exemplo.
b) Reescreva os trechos a seguir alterando o tempo verbal, de acordo com o que se pede. Faça também as adaptações necessárias para garantir o sentido:
I. Ficaram um pouquinho em silêncio.
Presente:________________________________
Passado:________________________________
Futuro:________________________________
II. E o Caracol continuava pensando
Presente:__________________________________
Passado:__________________________________
Futuro:___________________________________
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