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Krika.
30/06/2009

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quinta-feira, fevereiro 02, 2017

O menino Pedro e seu boi voador>Estímulos folclóricos>02/02/2017


Ana Maria Machado

"Folclore é uma conjunto de coisas que todo mundo sabe, sem saber quem ensinou" (Marcelo Xavier).
É uma maneira de agir e pensar de um povo com as qualidades e os atributos que lhe são inerentes, seja qual for o lugar, o tempo ou a cultura. 
Pensando nisso, Ana Maria Machado escreveu o livro "Menino Pedro e seu boi voador", uma história que usa o personagem folclórico boi-bumbá como um grande amigo de Pedro. Num belo dia, o menino chega da escola contando que tem um novo amigo, um boi.
 Sua família não acredita, acha que não passa de uma grande imaginação, até que num jantar uma bela surpresa! Um boi voador entra pela janela e come a comida de todos!




Provavelmente nos recordamos, até hoje, dos amigos imaginários que tínhamos quando crianças. É uma brincadeira saudável, e bastante divertida, imaginar heróis, personagens e amigos. Toda criança passa por isso e com o Pedro, personagem do livro O Menino Pedro e seu Boi Voador, não poderia ser diferente.

Pedro idealizou um amigo imaginário que jurava ser real. Mas não se tratava de um amigo qualquer, e sim de um personagem muito singular chamado Boi Voador, idêntico ao lendário Boi Bumba. Este tal amigo o acompanhava para todos os lugares possíveis e sempre que o menino falava a seu respeito era motivo de brincadeiras e chacotas. Mas ele estava tranquilo porque sabia que podia provar a existência do Boi Voador. E será que ele conseguiu tal proeza?

"E então ele entrou voando, leve e lindo, brilhando e reluzindo. Um maravilhoso Boi Voador, Boi-Bumbá em todo seu esplendor. Negro como a noite mais profunda e cheio de estrelas, flores e brilhos de beleza. E enquanto ele voava, as franjas coloridas de seu manto dançavam com o vento. E tudo em volta aparecia nele por um momento. E os espelhinhos de sua garupa estrelada faziam uma festa de gala, refletiam cada pessoa e cada coisa da sala. E cada um, brotando no brilho antigo, voava uma voltinha com o boi manso e antigo." (trecho de O Menino Pedro e Seu Boi Voador)
Fonte
   (...)Em O menino Pedro e seu boi voador, a história transcorre em um ambiente mais do que ordinário. Pedro é uma criança de classe média, que tem pai, mãe e irmãos. Um dia, ele chega do colégio e diz à mãe que ganhou um colega novo – um boi voador. A mãe e o pai argumentam com a criança, tentando uma racionalização daquela sua história: o que ele chama de boi voador deve ser um enfeite, igual ao que se encontra na casa da tia Guguta: Aquele boi não é voador, está pendurado só para enfeitar. É uma cópia da fantasia que os homens usam para dançar nas festas do Bumba-meu-Boi.           
          A irmã manda que ele invente outra história mais interessante, e o Pedro retruca com raiva: Não estou inventando porcaria nenhuma. É verdade verdadeiríssima. O irmão Rodrigo também não vai na conversa do menino:                        
          Rodrigo, como era um irmão mais velho muito paciente, foi explicando:        
          - Pedro, boi não voa. O que voa é super-homem, o ultraman, foguete interplanetário, aqueles homens-pipas que pulam na praia... Até o homem-aranha precisa de teia, até o Batman precisa de batcorda. Esse teu colega deve ser um truque desses. Ou então é pó de pirlimpimpim, que nem nas histórias de Monteiro Lobato ou Peter Pan. Mas voar? Não pode ser, meu irmão. É impossível.                       
          - Mas ele voa, Rodrigo. Voa que eu já vi.                       
         - Para cima de mim com essa conversa? Nem vem que não tem...            
         Mas, apesar das objeções e das gozações da família, Pedro continua afirmando que seu novo colega é um boi voador. A essas alturas, o leitor talvez até estivesse convencido de que, no final, a fantasia iria para as cucuias. Nada disso. E o desfecho da história é uma lição de como escrever história para criança. Era domingo, e a família estava à mesa para o almoço. Pedro levantou-se e foi buscar um prato para o amigo – ele avisara à mãe que o Boi Voador iria almoçar com eles. Quando o almoço é servido, o menino vai colocando comida no prato do amigo. Levanta-se e, pouco ligando para a gozação da família, vai à janela e grita: Boi Voador! Boi Voador! Vem logo, que a comida vai esfriar.           
          E a autora faz uma bela descrição da entrada do Boi Voador na sala:           
          E então ele entrou, leve e lindo, brilhando e reluzindo. Um maravilhoso Boi Voador, Boi-Bumbá, em todo seu esplendor. Negro como a noite mais profunda e cheio de estrelas, flores e brilhos de beleza. E enquanto ele voava, as franjas coloridas de seu manto dançavam com o vento. E tudo em volta aparecia nele por um momento. E os espelhinhos de sua garupa estrelada faziam uma festa de gala, refletiam cada pessoa e cada coisa da sala. E cada um, brotando no brilho antigo, voava uma voltinha com o boi manso e amigo. E os adultos tiveram que aceitar como realidade a fantasia do menino Pedro: Ficaram todos tão embevecidos com o boi voador que nem notaram que de repente toda aquela beleza virou surpresa.
          É, tiveram que aceitar, porque contra fatos não há argumentos.
          O mesmo caminho da aceitação da fantasia infantil trilhou Rachel de Queiroz em O menino mágico. Um belo dia, Daniel foi dormir em um quarto e acordou em outro. Pronto, foi aí que o menino descobriu que era mágico, pois aquela mudança misteriosa só podia ser arte de mágica. Durante toda a narrativa, o menino, acompanhado do primo Jorge, o lado pragmático da existência (algo como D. Quixote e Sancho Pança), opera pequenos milagres ou pequenas mágicas: apertou um ovo e, quando abriu a mão, viu um pinto (a cozinheira até pediu as contas, com medo do menino feiticeiro); transformou a cama em avião e saiu voando por entre as nuvens (foi até o Ceará e só não desceu do avião, porque demoraria muito e os pais podiam achar ruim e acabar com todas as mágicas); provocou uma ventania; transformou a água do mar em coca-cola; consertou o motor do carro de uma moça, em troca de uma carona, só com a imposição da mão sobre o que achava que devia ser o carburador; e fez mais um monte de mágica. Até que, no desfecho da história, quando a leitor imagina que o menino vai ser desmascarado, eis que ele transforma, na frente de toda a família, um pedaço de papel enrolado em um charuto para o avô.            
          E aí todo o mundo viu, espantado, que o avô tinha na boca um charuto de verdade, bem aceso e fumegando que era ver uma locomotiva velha!           
          Rompeu tudo a bater palmas, e até os dois pais faziam cara de riso.            
          Então Daniel e Jorge se puseram um ao lado do outro, botaram a mão no peito e se curvaram agradecendo, que era mesmo ver um mágico e o seu secretário agradecendo ao público no picadeiro de um circo! A intenção de Rachel de Queiroz é a mesma de Ana Maria Machado: dar crédito à fantasia da criança e deixar que ela a desfrute, até que a própria natureza lhe diga ser hora de parar. Observe-se que tanto em um livro quanto no outro a fantasia infantil corre o risco de desaparecer, quando é confrontada com o mundo dos adultos, com seus dogmas e seu pragmatismo. É sempre o adulto que põe em risco o mundo mágico da criança. E isso também acontece na vida real. O adulto sempre reage ao encantamento infantil, com a indefectível ressalva: Mas isso não pode acontecer. É tudo fruto de sua imaginação. E são raras as crianças que têm coragem de contra-argumentar, como fez meu afilhado Artur, quando tinha, talvez, sete ou oito anos.
          O causo foi o seguinte: ele tinha que fazer uma pesquisa de Ciências, sobre a sombra. Então, perguntou à mãe:
          - Mãe, é verdade que quando a sombra da gente desaparece a gente morre.
          E a mãe, com o ranço de todo adulto, quis jogar um balde de água fria na cabeça do menino:
          - Que besteira é essa, Artur, não existe essa história de sombra desaparecer, não.
          - Existe, sim, devolveu o menino. Se tem na minha imaginação é porque existe.
          E aí, leitor, você já viu um argumento mais convincente na sua vida? Eu não. Nem mais convincente nem mais bonito.

          Como seria bom e saudável se os adultos deixassem as crianças desfrutar do mundo mágico criado pela imaginação delas. Elas vão ter tempo demais para sofrer o real. E a literatura existe é para isso mesmo – abrir as portas do maravilhoso e, depois, na hora certa, ajudar a entrar na realidade. Vivcncia Jaguaribe
Sugestão: AQUI
Página 95 inicia-se a unidade sobre aspectos nordestinos
Na página 99 tem um trecho da história de Ana Maria Machado
E mais nas páginas 116,117
O link AQUI
PDF/Produção de textoAQUI
Ouvindo a história
Sugestão de atividade pós-vídeo: liste tudo aquilo que conseguir lembrar que faz parte do grupo extraordinário de coisas que os adultos não iriam acreditar. Depois crie muitas possibilidades com elas: histórias, desenhos, poemas, brincadeiras, brinquedos…AQUI





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