Peso, altura, e um simples penteado fora do padrão podem causar problemas se a criança não possuir a autoestima de Cora.
Cora é uma menina como as outras, que adora ir à escola e é bastante orgulhosa do seu cabelo. Ele não é liso como o das outras meninas. É crespo como o de sua Tia Vilma e sua avó.
Mas talvez O cabelo de Cora não pareça tão belo para suas colegas e ela pode precisar de um empurrãozinho para aprender a amá-lo de novo e a dizer para todo mundo o quanto ele é bonito do jeito que ele é. Cora descobre que seu cabelo é a sua marca.
Trouxe esta sugestão de Gi Barbosa
Ouvindo a história
Outro dia vi uma reportagem sobre uma professora que mandou um bilhete para a casa de um dos seus alunos, pedindo a mãe que cuidasse do cabelo da criança... A criança era negra e tinha cabelo crespo...
Fiquei indignada com a história, e como gosto de buscar ajuda e bons exemplos nos livros hoje a dica de historinha vai especialmente para aquela "tia", desejando que a cada dia o respeito pelo outro aumente e que cenas como essas não mais aconteçam.
O livro tem lindas ilustrações, é todo rimado, fácil e gostoso de ler.
Conta a história de Cora e seu cabelo, lá no começo do livro Cora aparece um pouco triste e intrigada - na escola uma amiga - a Miriam - disse a Cora que ela deveria usar uma fita no cabelo, que o cabelo de Cora era cheio e enrolado, e por isso, quando solto, ficava feio e desarrumado.
Miriam ainda ensinou como Cora deveria cuidar do cabelo: "lavar com água fria, pentear até ele ficar bem liso e prender o cabelo com uma fita. A amiga ainda diz que só falou aquilo por que o cabelo de Cora "era ruim", mas ela era boazinha.
Cora resolve ir conversar com sua tia Vilma, então a tia ensina que cabelo bom não é cabelo liso, e que todos nós somos como flores - cada um com sua cor, cada um de um jeito, o que falta em um no outro está presente.
Também mostra para Cora uma foto da avó Ana, uma africana com orgulho, de cabelo bom, resistente e de um castanho reluzente.
Depois da conversa Cora foi se olhar no espelho, e no reflexo viu a imagem da amiga Miriam, que viu a bobagem que tinha dito, e foi lá para se desculpar.
Cora conta para a amiga da conversa com a tia e ensina que melhor do que o cabelo preso com uma fita, é o cabelo solto, arrumado com capricho. E agora a Miriam sabe que o cabelo da Cora faz parte da sua beleza.
"CADA UM TEM UMA COR,
CADA UM TEM UM CABELO,
MAS SEJA COMO FOR, NÃO EXISTE MODELO".
Cabelo liso, crespo, comprido, curto, pintado, careca. Cada vez mais os padrões de beleza escravizam as pessoas que estão sempre procurando artifícios para se encaixarem no modelo da vez.
E se você estivesse muito bem obrigada e sua amiga dissesse que seu cabelo é feio e que deveria estar sempre preso para não parecer desarrumado?
Isso acontece muito na infância, principalmente na época de escola, afinal, as crianças falam o que pensam sem muito freio, não é mesmo?
E é nessa situação que Cora, uma menina com cheios cabelos crespos, se vê envolvida, ficando muito intrigada com a atitude de sua amiga. Enquanto busca ajuda para entender porque deve mudar seu visual, ela vai compreendendo que cada um tem um jeito de ser e que é sempre importante valorizar as nossas origens.E se você estivesse muito bem obrigada e sua amiga dissesse que seu cabelo é feio e que deveria estar sempre preso para não parecer desarrumado?
Isso acontece muito na infância, principalmente na época de escola, afinal, as crianças falam o que pensam sem muito freio, não é mesmo?
Ouçam AQUI mais sobre obras de cabelos crespos.
O mundo começa na cabeça
Em muitos países africanos, trançar os cabelos ou fazer penteados é uma arte muito antiga, ensinada de geração em geração.
Cada região do continente tem seu estilo e os penteados, geralmente, indicam o status, idade ou etnia do indivíduo.
Em O mundo começa na cabeça, Prisca, sem se ater aos códigos sociais, trata dessa arte singular e interessante, sob um olhar poético e lúdico.
Na família de Minosse, desde cedo as meninas aprendem a tradição: na hora do banho, as mulheres fazem esculturas com o cabelo, porque para elas "o cabelo feminino é como a raiz da árvore, o lugar onde tudo começa".
Para Minosse, essa arte de tecer os fios dá passagem para falar de um mundo mais vasto e intenso. Um mundo de histórias que falam da origem de tudo, em um tempo em que o pensamento começa e acaba na cabeça.
"O cabelo é como o nosso coração: ele traz muitas mensagens, que não podemos recusar-nos a ouvir."
Um pedaço da história AQUI
Aula
A higiene dos cabelos e unhas
Atividade:
O MUNDO COMEÇA NA CABEÇA (Eixo III – Diversidade – Tema: CONVIVÊNCIA INTERPESSOAL) – Através dessa obra foi possível resgatar o valor da família que é um tema tão debatido nos dias de hoje. Nesse livro foram feitas as seguintes atividades: leitura do livro, releitura e reescrita do livro, escreva como souber os nomes dos personagens e numa dinâmica reunimos nossos alunos em duplas e cada um deles penteou o cabelo do outro, contando histórias de sua família e vidas! Com certeza muitas histórias interessantes foram relatadas e com certeza foi uma experiência muito gostosa…
Atividade+dinâmica
Em formato de oficina, a atividade realizada com o público infantil começa com uma dinâmica que estimula a empatia.
Ao som de uma música, as crianças se dividem em duplas e se apresentam para o colega, falando sobre elas e confidenciado suas histórias capilares.
Pode ser desde um fato engraçado envolvendo o cabelo, ou até mesmo contar como faz para pentear e arrumar as madeixas.
Após esse momento, cada um recebe a tarefa de apresentar o seu colega para o grupo.
Quando as crianças já estão enturmadas, a equipe do Manifesto Crespo inicia um período de apresentação do coletivo e em seguida faz a contação de uma história.
Depois de ouvir esse enredo, os participantes se reúnem em grupos e tentam encontrar uma maneira de fazer a releitura da história, seja com uma encenação, com um desenho ou aprendendo a fazer tranças iguais as da personagem.
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