em Maquetes
EVOLUÇÃO POÉTICA
Quando o eu poético é maior que o mundo.
Quando o eu poético é menor que o mundo.
Quando o eu poético encontra equilíbrio.
Representado aqui pelas alunas em três desenhos:
Muitas representações maravilhosas,
como não poderia colocar de todos, escolhi estas duas:
Aluna Thamires S.Mota
Aluna Débora Inocêncio
MAQUETES DOS POEMAS
INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que
aprendeu a ninar nos longes da senzala
e nunca se esqueceu chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava no mato
sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história era
mais bonita que a de Robinson Crusoé.
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
QUADRILHA
João amava Teresa
que amava Raimundo
que amava Maria
que amava Joaquim
que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e
Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
MÃOS DADAS
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito,
vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher,
Não serei o cantor de uma mulher,
de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer,
a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes
ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas
nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente,
os homens presentes, a vida presente.
Alunos dos 7º anos da Escola Estadual Coronel Casimiro Osório, em Itajubá, Minas Gerais.
Professora Maria Célia R.Costa/ 2009
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