Autor: Fernanda Maurício Simões
Co-autor: Clenice Griffo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Ao final dessas atividades, esperamos que o aluno:
■Compreenda o modo de organização e a função social do gênero textual: “peças teatrais”;
■Compreenda globalmente o texto lido;
■Use a língua de acordo com a situação focalizada, empregando os recursos linguísticos adequados.
Duração das atividades
As atividades terão duração de 05 a 06 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Essa sequência didática é indicada para as crianças que dominam o sistema alfabético.
Esse aprendizado ocorre quando o aluno compreende que cada letra (grafema), geralmente, é representada por um som (fonema) e, por isso, já é capaz de ler e de escrever de forma autônoma.
Estratégias e recursos da aula
Atividade 1: Aproximando-se da história "A gata borralheira" (Cinderela)
Objetivo: Ler e compreender o texto globalmente.
Faça a proposta às crianças de conhecer melhor a história da “Cinderela” e, depois, preparar um teatro da trama para outros estudantes da escola. Para essa aproximação, sugerimos três estratégias:
1.1 Leitura coletiva do livro: “Cinderela”.
Leve os alunos à biblioteca e faça a leitura coletiva da história.
Como essa é uma história conhecida por muitas crianças, convide-as a terem uma participação diferente.
Peça que explorem o título e a capa do livro e digam qual deverá ser o conteúdo da história.
À medida que você ler a trama, solicite aos alunos que levantem hipóteses sobre o seu conteúdo, com base nas informações a que já tiveram acesso.
Em outros momentos, deixe uma criança contar uma parte da história a partir do texto escrito e das ilustrações.
1.2 Leitura em duplas da história.
Leve as crianças para a sala de computação e peça que sentem em duplas.
e ler a história da Cinderela.
Em seguida, peça que recontem o enredo com suas palavras e pontuem as semelhanças e diferenças em relação à primeira versão da história, lida no item 1.1.
1.3 Outras leituras da mesma história.
Em outro dia, entregue para cada criança toda a história, dividida em partes (como apresentamos abaixo).
Inicie a sua leitura.
Os estudantes deverão acompanhá-la silenciosamente.
Em alguns momentos, você poderá interromper a leitura e pedir que um aprendiz leia a próxima tira da história.
Em seguida, solicite que cada aluno colora uma tira da história (você pode orientar qual parte cada um deverá colorir, cuidando para que todas as tiras sejam coloridas, por pelo menos um aluno).
Peça, então, que cada um leia a parte da história que coloriram, obedecendo a ordem do enredo.
Para isso, todos deverão acompanhar a leitura do texto. (caso tenha mais de um estudante com a mesma tira colorida, eles deverão lê-la juntos).
Era uma vez no tempo dos reis e rainhas, uma linda menina que se chamava Cinderela.
Ela morava com uma madrasta, muito má! A madrasta de Cinderela tinha duas filhas.
Essas irmãs de Cinderela eram duas moças muito egoístas e que não gostavam de trabalhar.
Em casa, era Cinderela que tinha de fazer tudo.
Um dia Cinderela ajudou as irmãs a se vestirem para um grande baile.
Mas sua madrasta havia impedido Cinderela de ir ao baile, pois tinha afazeres domésticos para terminar. Delegou tanta coisa à Cinderela que ela jamais terminaria em tempo de ir ao baile.
Seus amiguinhos, inconformados com a situação, se puseram a trabalhar, para confeccionar um lindo vestido para que Cinderela, pudesse ir ao baile também.
Sim, o vestido estava pronto e Cinderela podia ir ao baile, como suas irmãs.
Ela estava linda!
Mas, Cinderela não conseguiu terminar o seu serviço, portanto não iria ao baile tão esperado!
De repente, do azul aparece sua madrinha para ajudá-la. A madrinha de Cinderela agitou a varinha de condão.
Olhou para Cinderela, escolheu o vestido mais bonito e com sua varinha mágica, transformou-a numa princesa!
Uma abóbora que havia na cozinha logo se transformou numa bela carruagem.
Seus amiguinhos, a fada madrinha os transformou em cocheiro e mordomo. Todos queriam colaborar e levar Cinderela ao baile.
A roupa velha de Cinderela virou um vestido de cetim.
- Vá e se divirta - disse a velhinha. Mas trate de voltar para casa antes de bater meia-noite.
Logo o príncipe se encanta e a tira para dançar. No palácio, a beleza e a simpatia de Cinderela conquistaram a todos. O príncipe dançou com ela muitas vezes.
O tempo passou depressa e, para surpresa dela, o relógio do palácio começou a bater meia-noite.
Cinderela logo se lembrou do aviso da madrinha.
Assustada, Cinderela fugiu correndo, mas deixou cair um pequenino sapato de vidro.
O príncipe pegou o sapato e decidiu que havia de casar com a sua dona que havia conquistado o seu coração.
O príncipe procurou por todo o reino. Finalmente chegou à casa onde morava Cinderela.
As irmãs experimentaram calçar o sapato, mas seus pés eram grandes demais.
Até que chegou a vez de Cinderela, depois de muito custo, pois a madrasta havia trancado a pobre moça.
Mas com a ajuda de seus amiguinhos, ela consegue chegar a tempo de poder provar o sapatinho.
O sapato deu certinho no pé de Cinderela. Vibrando de alegria, o príncipe pediu Cinderela em casamento.
O rei estava feliz porque seu filho havia encontrado uma linda moça que se tornaria a mais linda princesa de seu reino.
Portanto, viveram felizes para sempre.
1.4 Reelaboração da história por meio de desenhos.
Distribua folha de papel ofício para os estudantes.
Peça que copiem o trecho da história que coloriram e façam sua ilustração.
Chame atenção para o tamanho da letra e o espaçamento entre as palavras.
Em seguida, os estudantes deverão montar a história no mural da sala, na sequência adequada.
Se necessário, deixe a história completa escrita em um cartaz e fixada na sala.
Assim, eles poderão consultar a sua ordem correta.
Enfatize que, para a execução desta atividade, eles precisarão trabalhar em conjunto e em cooperação.
Ao final, peça às crianças que leiam a história e apreciem o mural.
Atividade 2 Estudo do texto de teatro
Objetivo: Conhecer a estrutura e a função social do gênero textual: teatro
Usar a língua de acordo com a situação vivenciada
2.1 Explorando o que é teatro.
Escreva no quadro a palavra TEATRO.
Explore os significados que os aprendizes têm em relação a esse termo.
Você pode orientar a discussão por meio das seguintes perguntas:
■O que lhes vem à cabeça ao lerem essa palavra?
■O que é necessário para uma peça de teatro acontecer?
■Como uma peça de teatro é montada?
■Como os atores sabem o que têm que dizer e a hora certa de fazê-lo?
Registre no quadro os apontamentos feitos pelos estudantes e em seu caderno pessoal.
2.2 Primeira leitura do texto.
Convide a turma a estudar o texto teatral “Cinderela” e a preparar sua encenação para ser apresentada à escola.
Divida a sala em duplas e distribua o texto abaixo.
Proponha a sua leitura coletiva, de modo que todos os alunos leiam pelo menos uma fala.
Durante a leitura, enfatize qual deve ser o tom de voz dos personagens e chame atenção para necessidade de expressarmos facialmente as emoções vivenciadas por cada um.
No momento em que os parênteses são abertos para instruir sobre a constituição da cena, explique à turma a função dessa parte do texto.
Ao final, instigue os aprendizes a pensarem sobre as diferenças entre a estrutura do texto “Cinderela”, lido na atividade 1 e o texto teatral que estudaram.
Eles deverão perceber que o texto teatral é estruturado pelas falas dos personagens e as explicações de como deverão ser constituídas as cenas.
2.3 Organizando os atores.
O texto que aqui apresentamos está divido em quatro partes.
Dessa forma, cada parte da história poderá ser interpretada por alunos diferentes.
A madrasta, por exemplo, poderá ser interpretada por quatro crianças.
Cada uma terá essa responsabilidade em uma parte da história.
Nesse momento, sugerimos que você divida os personagens entre as crianças, de modo que a maioria participe (se necessário, divida o texto em mais partes para contemplar mais crianças).
Cada aluno deverá marcar com um símbolo as falas de sua responsabilidade.
Em seguida, proponha nova leitura do texto, em que cada atuante diga a fala da sua personagem.
Chame atenção, novamente, para o tom de voz adequado e para a necessidade de expressar as emoções vivenciadas pelos personagens.
Ao final, os aprendizes deverão levar o texto para casa para que possam decorar a sua fala.
2.4 Ida ao teatro.
• Conhecer a estrutura de um teatro, seus espaços e suas funções;
• Conhecer pessoas que atuam nesse ambiente;
Sugerimos também que você leve seus alunos ao teatro para que possam conhecer esse espaço, suas funções e as pessoas que lá trabalham.
• Conhecer pessoas que atuam nesse ambiente;
Sugerimos também que você leve seus alunos ao teatro para que possam conhecer esse espaço, suas funções e as pessoas que lá trabalham.
Se possível, combine com algum profissional de realizar jogos teatrais com os aprendizes.
Para isso, desenvolva com a turma a aula: “O teatro na infância: conhecendo este espaço”, sugerida pelo Portal do Professor e localizada no site:
2.4 Ensaio da peça.
Em outra aula, os alunos deverão ensaiar a peça.
Você poderá ficar responsável por orientá-los a seguirem as instruções dadas entre parênteses para a constituição da cena.
Repita o ensaio quantas vezes forem necessárias.
A peça foi adaptada do site:
http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/2008/04/pea-teatro-trs-contos-que-vou-te-contar.html
NARRADOR - Era uma vez uma menina chamada Guimirela, que vivia com sua madrasta e duas irmãs adotivas: Clara e Gema. Guimirela era obrigada a fazer todos os serviços pesados, enquanto Clara e Gema passavam o tempo todo vendo televisão. Venham comigo e vocês conhecerão Guimirela e sua família. (em cena, Guimirela limpa o chão Clara e Gema estão assistindo televisão).
GEMA - Clara!
CLARA - Que é Gema?
GEMA - Corre, vem ver!
CLARA -O quê?
GEMA - O meu ídolo! (corre para a TV) Tiririca! Oh, Tiririca, meu amor! ( pausa )
CLARA -O que foi Gema?
GEMA - Ai, que homem! Que olhos! Que boca! Ai acho que vou desmaiar!
CLARA - Ah, credo, Gema! Pra que tanta bagunça por causa dessa porcaria? Se, pelo menos, fosse o Falcão...
MADRASTA - Meninas! Meninas! Ui, meninas!
CLARA -O que é mãe?
GEMA - O que é mãe?
MADRASTA - Meninas, onde vocês estão? (entra em cena) Ai! (tropeça) Garotas, venham aqui. Tenho uma surpresa pra vocês!
CLARA - Que é mãe? MADRASTA - Eu descobri que o rei Roberto Carlos vai dar um grande baile amanhã, para que o príncipe Carlos Roberto escolha sua noiva e futura esposa!
GEMA - Oh!
CLARA - Ah!
MADRASTA - E adivinha quem vai a esse baile?
GEMA - Quem?
CLARA - Quem?
MADRASTA - Nós!
GEMA - O príncipe convidou a gente, mãe?
MADRASTA - Não.
CLARA - Foi o rei quem convidou a gente, mãe?
MADRASTA - Não.
GEMA - Quem convidou a gente, então?
MADRASTA - Ninguém convidou a gente, mas nós vamos assim mesmo!
GEMA - Credo, mãe, como à senhora é cara-de-pau!
MADRASTA - Cala essa boca, menina! Agora, corram e peguem suas melhores roupas e comecem a se arrumar para o baile!
CLARA -Nós só temos uma roupa, mãe!
GEMA - É. Só temos essa roupa do corpo...
MADRASTA - Ora, isso é apenas um detalhe insignificante... Tirem essas roupas e lavem bem lavadas. Até amanhã, já secaram!
CLARA - E o que a gente veste até amanhã, mãe?
MADRASTA - Ora, fiquem de cama e aproveitem para descansar suas belezas. E você, Guimirela, Cale a boca!
GUIMIRELA - Mas eu não disse nada...
MADRASTA - Que malcriada! Ainda me responde? Pois só por isso você não vai ao baile, amanhã!
GUIMIRELA - Mas...
MADRASTA - Cale esta boca, Guimirela! ( sai de cena )
GUIMIRELA - Sim... Senhora. ( Guimirela começa a chorar ) Que droga de vida! ( limpa o chão. Música:___ Clara e Gema entram em cena )
CLARA - Ha, ha, ha!
GEMA - Não vai ao baile, não vai ao baile!
CLARA - Não vai ver o príncipe!
GEMA - Bem feito ! ( Guimirela chora )
CLARA -O príncipe só vai ver a mim !
GEMA - Só porque você quer ! Quando o príncipe me enxergar não vai ter olhos para mais ninguém !
CLARA - Ha, ha, ha ! Você é ridícula, não serve nem de faxineira do príncipe!
GEMA - E você parece uma bruxa, vai servir de espantalho na festa! (atira-se sobre Clara, brigam. Gritos, confusão por aproximadamente 15", depois saem, ainda brigando)
XXXXXXXXXX
NARRADOR - E após toda essa confusão, chegou o dia do tão sonhado baile. Clara, Gema e a madrasta estão saindo para o baile, enquanto Guimirela fica na saudade... (pausa 5" , sai de cena) (Clara, Gema e a madrasta estão arrumadas para o baile, Guimirela chora num canto)
GEMA - Ah, mal posso esperar para ver o príncipe !
CLARA - Isso mesmo, sua bocó, você só vai " ver " o príncipe porque é comigo que ele vai se casar!
MADRASTA - Fiquem calmas, meninas ! O importante é que o príncipe se case com uma de vocês duas para tirar a gentedo miserê.
GUIMIRELA - Eu não posso mesmo ir ? ( Clara e Gema caem na gargalhada )
MADRASTA - Você está brincando ! Com essa roupa toda rasgada e essa cara de pobreza, você não passa nem no portão. ( Risos ) Vamos, meninas ? ( saem rindo )
GUIMIRELA - Bruxa velha ! ( pausa ) Que droga ! Eu queria tanto ir ao baile... ( pausa ) Ah, também, até que elas têm razão... Eu não ia mesmo conseguir entrar no palácio vestida assim... ( senta-se, suspira desolada )
FADA - ( cantando ) Guimirela ?
GUIMIRELA - Quem me chama ?
FADA - Aqui, olhe... ( ela está no alto, sentada talvez numa janela )
GUIMIRELA - Quem é você ?
FADA - ( tentando descer ) Eu ? Sou sua fada madrinha, ora ! (cai no chão) Ui, acho que escorreguei.
GUIMIRELA - Fada madrinha ?
FADA - ( ajeitando-se ) Sim, e vou ajudar você. Posso satisfazer três desejos seus.
GUIMIRELA - ( encantada ) Três desejos ?
FADA - Isso mesmo !
GUIMIRELA - Quer dizer que eu posso pedir três coisas que eu queira ?
FADA - Pode e eu te darei num piscar de olhos.
GUIMIRELA - OBA ! Então, eu quero um sorvete de chocolate, uma vassoura nova e...
FADA - Ora, ora, Guimirela, como você é bobinha ! Você não quer ir ao baile ?
GUIMIRELA - Quero, mas não tenho roupa para ir...
FADA - Foi para isso que eu vim. Posso te dar belas roupas e uma carruagem zero quilômetro.
GUIMIRELA - Pode mesmo ? Então eu quero um vestido lindo !
FADA - Pois bem. Araçá zum bólólóló sarava oisquindô ! ( pausa ) Pronto, aqui está.
GUIMIRELA – Que lindo!
FADA - E, agora, o mais importante: a carruagem ! Araçá zum bolólóló sarava oisquindô... ( pausa ) Oh, acho que errei em alguma coisa... ( aparece um jipe de brinquedo ) Bem, melhor do que nada... Guimirela, entre no jipe.
GUIMIRELA - Mas ele é tão pequeno, acho que não entro nele.
FADA - Entre no jipe, Guimirela !
GUIMIRELA - Não é melhor eu ir de metrô ?
FADA - Não seja boba, Guimirela, entre, vamos! ( Guimirela entra, com esforço no jipe)Só mais uma coisa, Guimirela...
GUIMIRELA - Ô, meu Deus, que será agora ?
FADA - Você só poderá ficar no baile até as dez para meia noite, porque, à meia noite em ponto, o encanto terminará e o jipe vai virar uma abóbora.
GUIMIRELA - ( para o público ) Então é melhor ir andando...(entra no jipe e anda)
XXXXXXXXXXX
NARRADOR - E assim, Guimirela, com o auxílio de sua bondosa fada madrinha, pôde ir ao baile do príncipe Carlos Roberto, porém, houve um imprevisto. Na metade do caminho, o pneu do jipe furou e, até trocá-lo, Guimirela perdeu quase uma hora, além de se sujar toda de graxa. Quando chegou ao baile, já passava das onze horas da noite e... ( sai de cena ) ( cena do baile, o príncipe, as duas irmãs, a madrasta e várias moças, todos elegantemente vestidos. As garotas tentam conquistar o príncipe )
GEMA - Oh, ninguém é tão prendada quanto eu, príncipe ! ( ele sorri ) Veja só, eu sei fazer macarronada com alcachofra
CARLOS - Bah !
GEMA - Sorvete de espinafre...
CARLOS - Ugh !
GEMA - Pizza de berinjela...
CARLOS - Dá licença ? ( anda alguns passos )
CLARA - Príncipe ?
CARLOS - Sim ?
CLARA - Permita-me chamá-lo apenas " Carlos Roberto " ?
CARLOS - Sim, pode... (sem paciência).
GEMA: Ei, Carlinhos... ( desdenhosa ) Ah ! ( As outras garotas da festa rodeiam o príncipe, pausa 5" e Guimirela entra em cena. O príncipe a avista )
TODOS - Ohhhh ! ( O coração do príncipe dispara. Com a mão por dentro da camisa, o ator deve simular uma palpitação )
CARLOS - Céus, que maravilha, que deusa !
MADRASTA - Quem é essa ?
GEMA - Não sei, mãe.
CLARA - Também não sei, mãe.
CARLOS - ( vai até Guimirela ) Encantado, senhorita ! ( beija sua mão ) Venha valsar comigo. ( Guimirela sorri, mostrando os dentes falhos. O príncipe e Guimirela no centro dançam e Clara e Gema tentando tomar o lugar de Guimirela e o restante do elenco observando).
CARLOS - ( termina de dançar ) Quem é você, bela criatura ?
GUIMIRELA - Eu ? Bem, eu... CARLOS - Ah, é tímida ! Adoro garotas tímidas ! ( pausa ) O que você faz na vida ?
GUIMIRELA - Eu... É...
CARLOS - Apesar de você não falar muito, noto que você tem uma inteligência rara ! E sua beleza me encanta ( pausa ) Acho que... (o ator se mostra nervoso e apaixonado) Estou apaixonado por você !
TODOS - Ohhh !
CARLOS - Oh, querida, quer namorar comigo ?
GUIMIRELA - Oh, príncipe, eu...
CARLOS - Beije-me, querida.
GUIMIRELA - Oh, eu...
CARLOS - Só um beijo, por favor.
GUIMIRELA - Tá... Mas só um beijo, hein... ( quando Carlos vai beijá-la, o relógio dá a primeira badalada ) Céus, tenho que ir !
CARLOS - Não se vá...
GUIMIRELA - Preciso ir ! (Sai correndo e deixa um par de sua sandália na escada)
XXXXXXXXXXXXX
TODOS - Ohhh ! ( a luz se apaga e logo depois acende-se. Clara, Gema e a madrasta estão em casa )
GEMA - Mas quem poderia ser aquela infeliz ?
CLARA - Sei lá, eu que não sou... ( batem à porta )
MADRASTA - Clara, atenda à porta.
CLARA - Tudo eu, tudo eu ! ( abre a porta ) Oh, o príncipe !
MADRASTA / GEMA - O príncipe !!!
CARLOS - Boa tarde, senhorita, posso entrar ?
CLARA - Claro, príncipe, esteja à vontade.
CARLOS - Eu... Bem, o motivo que me traz aqui é até meio constrangedor... É que, bem... Ontem à noite eu dancei com uma bela jovem...
CLARA - Deu pra perceber !
CARLOS – Ela será a minha esposa! Preciso ver quem é ela.
GEMA – Como?
CARLOS- Ela deixou um par de sandálias e quero ver em quem servirá.
CLARA – Olha o meu pé !
CARLOS - Não, dela é bem menor. Bem, vou procurar em outro lugar. Passar bem.
MADRASTA - Espere, quem sabe meu não sirva...
GUIMIRELA - ( entrando em cena ) Com licença, eu...
MADRASTA - Saia já daqui, Guimirela ! GUIMIRELA - É que o gás acabou e...
MADRASTA - SAIA, GUIMIRELA !
CARLOS - Fique.
MADRASTA - SAIA !
CARLOS - EU ORDENO QUE FIQUE !!!
MADRASTA - Fique, Guimirela !
CARLOS - Coloque o pé, senhorita.
GUIMIRELA - Oh, eu não mereço essa honra, senhor...
CARLOS - Céus, serviu !!!
GUIMIRELA - Serviu ?
CLARA / GEMA - Serviu ???
MADRASTA - Mas como serviu???
TODOS - Ohhh !
MADRASTA - Não é possível, essa maltrapilha, essa...
CARLOS - Minha princesa !
GUIMIRELA - Meu príncipe encantado !!!
CLARA / GEMA - Ohhh ! ( desmaiam ao mesmo tempo, a madrasta fica estática )
NARRADOR - E assim, Guimirela e o príncipe Carlos Roberto viveram felizes para sempre...
Atividade 3 Apresentação da peça.
Objetivos: Elaborar convite, obedecendo a estrutura desse gênero textual
Usar a língua de acordo com as características dos personagens interpretados na peça teatral.
3.1 Convite para peça de teatro.
Proponha aos estudantes a elaboração de um convite para outros colegas e professores da escola assistirem a peça.
Lembre-os das características desse gênero textual.
Ele deverá ser curto, convincente e ter o nome dos convidados em destaque.
Após a elaboração coletiva do texto, leia-o para os estudantes e peça que avaliem se desejam modificar ou incluir mais alguma informação no texto.
Uma sugestão é que algumas crianças passem nas outras salas de aula, na coordenação e na direção para entregá-los.
3.2 Encenação.
Antes da apresentação, chame atenção das crianças para os aspectos trabalhados nos ensaios, como o tom de voz e o modo de falar dos personagens.
Durante a encenação, observe a atuação dos aprendizes para a realização da avaliação final.
Atividade 4 Avaliando a experiência e sistematizando conhecimentos
Objetivos: Identificar os aprendizados proporcionados pela experiência teatral.
Sistematizar os conhecimentos sobre a estrutura e a função social desse gênero textual
4.1 Roda de debate.
Inicie a conversa com os aprendizes fazendo a seguinte pergunta: “O que nós fizemos para encenar a peça de teatro?”
Registre em tópicos os apontamentos feitos pelos estudantes.
Você também pode acrescentar as seguintes questões:
■Qual a importância do estudo do texto teatral para encenação da peça?
■Como os atores devem proceder para a construção de uma boa encenação? E vocês como fizeram?
Pontue com os aprendizes os aspectos positivos da apresentação e aqueles que precisarão ser mais trabalhados em uma próxima vez.
4.1 O texto teatral.
Leia para os aprendizes as ideias iniciais que eles levantaram sobre o termo teatro, na atividade 1, e deixe-as registradas no quadro. A partir desse levantamento e da experiência com o texto teatral, eles deverão elaborar um texto complementando a definição desse gênero textual.
Recursos Complementares
Sugerimos a leitura do livro TEATRO EM SALA DE AULA, da autora BETINA RUGNA. Editora Alaúde
Vejam na postagem nº 2
Vejam na postagem nº 2
Avaliação
Para verificar se os aprendizes avançaram na compreensão do texto teatral, sugerimos que você trabalhe outra peça e observe o modo como desenvolvem as atividades propostas.
Você também pode fazer a seguinte atividade:
- Entregue, em uma folha, a narração de uma história infantil e o texto de uma peça teatral.
Peça aos alunos que identifiquem o gênero de cada um dos textos e pontuem, pelo menos, uma diferença entre eles.
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