Tarsila do Amaral, Estrada de Ferro Central do Brasil, 1924
Na fase pau-brasil, Tarsila pintou nosso país, nossa cultura, nossa gente.
Aqui ela retrata a realidade da cidade de São Paulo, usando traços marcantes e cores vibrantes para representar o movimenta da Estação Central do Brasil.
Como ela seria representada hoje?
Localize "os signos da modernidade" criados por Tarsila em sua composição: postes de luz elétrica, vagões de locomotivas, sinalizações de ferrovias, pontes e torres de ferro.
Para brincar com estes signos, procure-os na composição e clique neles.
Observe como os espaços vazios que surgem são constituídos por linhas retas e formas geométricas.
As casas, telhados, janelas e portas também são representados por formas geométricas, composição esta resultante das lições que Tarsila tivera em Paris, estudando e convivendo com professores e artistas representantes do Cubismo.
E a vegetação, que formas possuem e como a artista trabalha a cor nesses elementos ?
Obs: No site você vê as formas geométricas, clicando nas indicações.
Praça da Sé 1916 SP
Praça da Sé 1920
Agora observe nas fotos da cidade de São Paulo os elementos que constituem a modernidade: postes de luz elétrica, bondes, trilhos, ruas de paralelepípedos, muitas pessoas, etc.
Observe novamente a obra Estrada de Ferro Central do Brasil e perceba "a cidade industrial" apontada na composição de Tarsila, mas ainda de uma maneira silenciosa e estática.
Curiosidade:
As ferrovias são importantíssimas para a industrialização do país nesse momento da história. Você sabia que o Brasil hoje, praticamente, não tem mais transporte ferroviário, apesar da dimensão do país, e que 95% do nosso transporte são por rodovias?
Professor, reúna seus alunos e apresente a rede ferroviária - marco do início da industrialização - como um tema para exemplificar as linguagens expressivas dos ideais do movimento e suas estratégias de estruturação:
Análise da obra Estrada de Ferro Central do Brasil, de Tarsila do Amaral
A música Trenzinho caipira de Villa Lobos, a pintura de Tarsila do Amaral e a poesia Trem de Ferro de Manoel Bandeira. Aqui:
http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/educativo/acerto7.html
A Gare
Neste quadro “A Gare”-1925, de Tarsila do Amaral, você poderá trabalhar com seus alunos as idéias básicas da geometria, propiciando a você saber quais as formas e idéias geométricas prévias que seu aluno possui.
1ª parte: Explore o que o aluno conhece previamente sobre figuras geométricas, fazendo uma leitura da imagem, pergunte quais figuras geométricas ele conhece.
2ª parte: Explore os conceitos de planos bidimensionais e tridimensionais e proponha uma releitura da obra utilizando: embalagens de diversas formas, fios, recortes, tintas, entre outros.
Neste link acima tem sugestão de outras obras ( geometria)
Geometria com Tarsila do Amaral
Poesia
O TRENZIM DE FERRO
O TRENZIM DE FERRO
Maria Hilda de J. Alão
Café-cum-pão, café-cum-pão,
Chega todo dia à estação
O trenzim de ferro fumaçando,
Pessoas, umas as outras, perguntando:
Quem-qué-trem, quem-qué-trem?
Sentado esperando se sempre tem
Um menino e um cachorro
Vindos da vila ou do morro
Pra vender amendoim e paçoca,
Ou o velho vendedor de pipoca
Aguardando os passageiros
Do trenzim que corre brejeiro
No trilho que corta a cidade e a mata.
Café-cum-pão, café-cum-pão,
Pode temperar com leite sem nata
Cantam as rodas do trenzim a canção.
Piui, piuiiii. Vem apitando ao longe
Como boiadeiro que ao gado tange.
O trenzim de ferro é muito valente,
Leva e traz bicho e gente.
Café-cum-pão, café-cum-pão,
Epa! Piuiii, vejam lá a estação.
Desce o gavião e o compadre Quati
Tem festa no arraiá do sagüi.
Piuii,piuiii, dez minutos pra saída
Cheguem logo para ver a partida.
Subam todos! Vamos comadre onça
Chegar cedo é nossa esperança!
Correndo nos trilhos da fantasia,
Vai o trenzim fumançando com alegria:
Café-cum-pão, café-cum-pão,
Acelerando o coração
De quem já andou num trenzim de ferro.
Café-cum-pão, café-cum-pão,
Quem-qué-trem, quem-qué-trem.
Piui, piui! Na estação da imaginação tem.
Que pressa o menino tem
de chegar ao fim do mundo
Da janela do trem
avista o horizonte ao fundo
imagens passam num segundo
corre ao redor rio profundo
Da janela do trem
a vida vai e vem
nos trilhos desse mundo
Úrsula Avner
Trem do senhor
Café com pão/Manuel Bandeira
Duas apresentações sugestivas
Veja mais aqui
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