Procissão do Fogaréu
Quitéria
Foi só a tia se distrair que Quitéria passou o dedo no tacho.
_Mas que menina debochada! Olha que os farricocos te pegam esta noite.
Procissão do Fogaréu
Nos becos da velha cidade de Goías, acontece esta procissão.
É um acontecimento ligado à Paixão de Cristo.
A cerimônia inicia-se à meia-noite, na quarta-feira-de-trevas.
Com a iluminação pública apagada e ao som dos tambores, os encapuzados personagens, chamados de farricocos, fazem uma marcha em busca de Jesus Cristo.
Esta procissão tem origem espanhola.
Retirado do livro Maroca e Deolindo e outros personagens em festas
André Neves
Editora Paulinas
A procissão encena a prisão de Jesus Cristo e tem início às 0:00 da quarta-feira santa, com a iluminação pública apagada e ao som de tambores, à porta da Igreja da Boa Morte, na praça principal da cidade.
Os penitentes, vestidos em indumentária especial e representando soldados romanos, seguem então para a escadaria da Igreja de N. S. do Rosário, onde encontram a mesa da última ceia já dispersa. Em seguida, avançam na direção da Igreja de São Francisco de Paula, que simboliza o Jardim das Oliveiras, onde se dará a prisão de Cristo.
Este é representado por um estandarte de linho pintado em duas faces, obra do artista plástico oitocentista Veiga Valle.
A Procissão do Fogaréu foi introduzida em Goiás pelo padre espanhol Perestelo de Vasconcelos, em meados do século XVIII.
A indumentária utilizada pelos penitentes caracteriza-se por uma túnica comprida e e por um longo capuz cônico e pontiagudo, guardando fortes semelhanças com as vestimentas que ainda hoje são comuns nas celebrações da semana santa na Espanha.[1] Trata-se, com efeito, de um traje de origem medieval, o qual era costumeiramente utilizado por penitentes que assim podiam expiar seus pecados sem ter que revelar publicamente sua identidade.
Festa do Marabaixo
A festa Marabaixo é uma comemoração religiosa que acontece no Amapá, praticada por remanescentes de quilombos, os quais demonstram sua fé através da dança, do canto e do consumo da gengibirra, bebida feita à base de gengibre e álcool.
Os africanos, que chegaram ao Brasil na condição de escravos, trouxeram elementos da cultura de seus países de origem.
Entre esses elementos culturais, a música e a dança foram fundamentais para a manutenção de uma memória da terra de origem e, ao mesmo tempo, para o estabelecimento de uma identidade.
Para que os senhores de escravos permitissem manifestações musicais e danças, os negros cativos incorporaram a elas aspectos da cultura branca, sobretudo aspectos da religião.
Assim nasceu o Marabaixo, misturando tradições africanas aos rituais e crenças da religião católica.
O Marabaixo é uma festa religiosa em louvor à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo, realizada através de missas que misturam danças, músicas, ladainhas.
As danças e músicas são improvisadas, originalmente, e devem representar a realidade vivida, o dia-a-dia de uma comunidade.
Por representar situações cotidianas, o Marabaixo pode ser composto de movimentos que lembram lutas, como também movimentos que lembram a alegria, a tristeza e a paixão.
Os instrumentos utilizados são caseiros, confeccionados rusticamente de madeira cavada, transformada numa espécie de caixa imitando o som de tambores.
Recebem o nome de membranofones.
Participam negros e mulatos, em maioria, que respondem em coro a uma espécie de “desafio” tirado por um cantador ou cantadora, que lança os improvisos.
As festividades do Marabaixo se iniciam no domingo de Páscoa e terminam no dia do Divino Espírito Santo, ou seja, quarenta dias após o domingo em que se comemora a ressurreição de Cristo.
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