Joanna Harrison
Ao receber a notícia de que os sobrinhos vêm lanchar, Mamãe fica desesperada.
A casa está uma bagunça, não há nada para servir às visitas e a pobre mãe não sabe por onde começar...
Enquanto isso, os filhos só pensam em brincar. Ao invés de arrumar suas coisas, sempre encontram outras para desarrumar, um motivo para brigar e outro para chorar.
De repente, uma coisa estranha acontece com Mamãe...
Minha filha mais velha chegou outro dia da escola com o livro “Quando mamãe virou um monstro”, de Joanna Harrison. O livro é ótimo. Quem não quiser ter a surpresa estragada pare de ler agora este texto porque vou contar do que se trata.
O livro narra a história de uma mãe que, sozinha para fazer tudo e confrontada com um casal de filhos desobedientes-da-pá-virada, surta. Distribui broncas, reclama e, à medida que sua irritação vai tomando conta, os cabelos vão se transformando em cobras, um rabo verde enorme nasce e as mãos viram garras.
A metamorfose – que pode acontecer nas melhores famílias – só estanca quando mamãe cai em si, senta arrasada e chora. “Eu virei um monstro…”. Penalizados, os filhos entram nos eixos. Arrumam a casa toda e mamãe fica feliz.
Até que chegam as visitas para o lanche, os primos dão de fazer besteira à mesa, a mãe deles começa a chamar a atenção das crianças e lá está o rabo verde crescendo na tia também.
Li a história para minhas duas filhas. “Viu o que acontece com as mães quando os filhos desobedecem demais?”. A mais velha, de 6 anos, riu, e a pequena, de 3, chorou. “Eu num quelo que você vile um monstro…’. E chorou, aos berros, muito sentida. Eu, como a Rosa, fiquei despedaça. “Filhinha, isso é uma brincadeira. Mamãe nunca vai virar um monstro de verdade…” O livro deveria ter vindo com um recomendação, tipo idade mínima, 4 anos, sei lá.
Apesar do choro, volta e meia ela, a mais nova, pede para eu contar a história do dia em que mamãe virou um monstro, mas sem fingir que sou o monstro. Ou seja, estou proibida de interpretar. Ela quer uma história o mais jornalística possível. Mera narração dos fatos. O livro é genial porque é bem didático, sobretudo por causa das ilustrações, como um bom livro infantil. Criou uma ótima metáfora para aquilo que todas sentimos no auge da irritação e deixa uma lição de moral subliminar mas explícita: paciência tem limite.
E quando as mulheres viram monstros, provocadas por maridos ausentes, imprestáveis ou desligados? Costumo dizer que basta um homem omisso para ajudar a criar uma mulher autoritária. Quantas mulheres estão por aí, neste momento, virando monstros porque os maridos…
- Fingem não ouvir quando os filhos pequenos chamam várias vezes de madrugada;
- Sentam calmamente para assistir ao jogo enquanto mamãe-monstro corre para lá e para cá, sozinha, para arrumar os três filhos para a festinha que vai começar em 15 minutos;
- Perguntam pela enésima vez onde afinal está a roupa da criança, embora ela tenha separado uma muda de roupa em cima da cama enquanto tenta tomar um banho em paz;
- Nunca sabem preparar o lanche, o prato do jantar nem a temperatura da água da banheira;
- Nunca lembram de dar o remédio diário se ela não deixar bilhete por escrito;
- Ficam irritados porque ela demorou dez minutos a mais no salão;
- Porque nunca podem sair mais cedo do trabalho para ir à reunião na escola;
- Porque nunca podem entrar mais tarde no trabalho para levar o filho ao pediatra;
- Porque são sempre os bonzinhos da parada, nunca repreendem, nunca brigam e deixam o papel de cerceadora para a mãe;
- Porque, em vez de fazerem valer a autoridade paterna, preferem mandar recadinhos pela mãe;
- Porque na vez deles de ficarem com as crianças optam sempre pela opção mais fácil: levam para almoçar num fast food, deixam a televisão ligada direto e só lembram de dar banho porque mãe-monstro ligou irritada para saber se estava tudo bem;
Você lembra de mais alguma situação que faz a mulher virar um monstro? http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/08/15/quando-minha-mulher-virou-um-
Sugestão de atividades
1- Leitura da história Quando mamãe virou um monstro
2- Roda de conversa sobre a história e quando a mãe vira monstro na casa dos alunos. O que eles podem fazer para que a mãe não vire um monstro?
Se eles conhecem algum monstro. Se eles têm medo de monstros....
3- Linguagem artística: Representar como seria a sua mãe virando monstro. Materiais- retalhos de papéis, tesoura, cola e sulfite.
4- Atividades do anexo
5- Linguagem artisitica: Confeccionar a mamãe monstro tridimensional - material meia de seda velha, papéis diversos, cola, jornal velho
6- dramatização da história com a boneca confecionada pelos alunos. http://encantamentosdaliteratura.blogspot.com.br/2012/03/quando-mamae-virou-um-monstro-joanna.html
MÃE QUE FAZ E ACONTECE
Edy Lima
Mãe é uma unanimidade - apesar dos seus defeitos e esquisitices, todo mundo concorda que nunca se inventou coisa melhor no mundo.
A mãe da gente é sempre muito alta. Conforme a gente a cresce, ela vai diminuindo de tamanho. Às vezes é magra, outras vezes é gorda, de vez em quando faz regime e fica comendo fora de hora o dia inteiro.
É sempre muito bonita, mas fica meio estranha no dia em que vai ao cabeleireiro.
Há mães de todas as cores e em todos os lugares do mundo.
Podem viver em qualquer clima, tanto nas regiões geladas como onde faz muito calor. É como na cozinha, onde mexem na geladeira e no forno do fogão.
No temperamento também são assim, passam de um extremo ao outro e mudam muito de opinião:
Por que você está tão quieto?
Por que se agita tanto?
Saia da frente da TV e vá fazer outra coisa.
Não tome sol demais, entre e venha ver TV.
Vá arrumar seu quarto.
Saia desse quarto e vá tomar um pouco de sol.
Se as mães fossem melhores programadas, seriam mais previsíveis e menos interessantes. Talvez a gente nem gostasse tanto delas.
Vejam mais questões aqui:
Livros sobre mães....
A Cama da Mamãe, de Carlin Joi
A mãe da menina e a menina da mãe, de Flávio de Souza
A mãe queria ser filha, de Mery Weiss
A sementinha-mãe, de Marina Pereira dos Santos
As amigas da mãe, de Normandia Costa Lima
As muitas mães de Ariel, de Mirna Pinsky
Bença, mãe, de Julio Emilio Braz
Coisas de Mãe, de Vera Dias
E agora, mãe?, de Isabel Vieira
Hello Kitty: uma surpresa pra mamãe, de Ellen Weiss
Mãe canguru, filho canguru, de Liliana Laccoca
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