Os regadores de livros
Maitê recebe um presente inusitado - não era uma bola, nem um quebra-cabeças: era um livro. Mas, como é que se brinca com um livro?
De maneira lúdica e acessível aos leitores iniciantes, Juliana Dalla e Valéria Paes oferecem-nos uma bela metáfora sobre as possibilidades que a leitura abre no universo da criatividade.
Para os professores, Os regadores de livros pode servir de importante instrumento para estimular, em sala de aula, o debate sobre a relação entre livro e leitor.
Nele, a literatura é apresentada como uma fonte de surpreendentes revelações compartilhadas entre a menina Maitê, seus amigos e os autores.
A obra serve também de interessante iniciação dos pequenos ao exercício da metáfora, da criatividade e do pensamento abstrato em sala de aula. É um elogio ao livro e à literatura.
Maitê não tinha a mínima ideia de como se divertir
com palavras caraminholadas em folhas de papel.
Na livraria, rodeado por uma pilha assim de livros ,
o velho livreiro disse a Maitê:
- Regue, menina! Regue sempre!
Num vapt-vupt, o velho livreiro mostrou que aquilo não era lelequice não.
Os livros são sementes que precisam ser regadas com nossa imaginação.
E quer saber mais?
Um único livro-semente pode se transformar em livros-plantas diferentes.
Afinal, nenhum regador rega igual.
Na biblioteca, na escola, nas montanhas e até mesmo no espaço!
Então Maitê abriu seu livro e começou a ler, quero dizer, a regar.
Maitê viu carruagens com asas, gigantes mirins, chocolates
gostosos que nem aroma de jasmim!
Depois de regar seu primeiro livro.
Maitê tratou de regar outros livros-sementes.
E você nem imagina as coisas que brotaram deles...
Coisas invisíveis e coisas bem visíveis.
Coisas cheirosas e coisas fedorentas.
E a história de Maitê, o que brotou para você?
Os regadores de livros, de Juliana Dalla é um hino de amor à leitura; um afago nas relações entre a leitura e o leitor, bem como os modos de ler e seus protocolos. Escrito de forma simples e singela, a narrativa, por certo, seduz o leitor para a arte de ler.
A narrativa tem seu desenvolvimento quando a menina Maitê recebe de presente um livro. O objeto causa estranhamento, não era como os presentes de costume (boneca, quebra-cabeça), aqueles já eram conhecidos e, por serem conhecidos, ela já sabia o que fazer. No entanto, com o novo presente, a menina não sabia como se divertir com o presente e recorreu ao auxílio do livreiro da esquina, pois ele poderia lhe explicar como se divertir com palavras, como entender “as traquinagens de um livro”.
O conselho do livreiro foi inusitado para a menina: “- Regue, menina! Regue sempre!” A partir desse mote, o livro se desenrola pela metáfora germinativa: o leitor, com a sua imaginação, rega as palavras e dá vida ao “livro-sementes”, que se metamorfoseiam-se em vários “livros-plantas”, “ afinal, nenhum regador rega igual”.
Os protocolos de leitura: todos os lugares são possíveis para regar livros, basta a imaginação correr solta, e Maitê aprende isso.
O livro encerra com o convite para o leitor fazer o mesmo: “E a História de Maitê, o que brotou para você?”
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