Caixa de resenhas
Autora:
Heloisa Cerri
Ramos, especialista em ensino da Língua Portuguesa, do ensino Fundamental
ao Médio, formadora do ensino Fundamental e Médio, assessora da área de Língua
Portuguesa e de reorganização curricular, em escolas da rede pública e
particular e diretora da Helos Consultoria Pedagógica.
O gosto pela leitura e a apreciação crítica de um livro podem ser
ensinados. Lendo e analisando modelos de resenha, o aluno aprende a fazer a sua
própria resenha que será escrita em fichas que ficarão numa caixa para consulta
da classe.
Esta atividade se propõe a dar um sentido à aprendizagem de resenha.
Esta atividade se propõe a dar um sentido à aprendizagem de resenha.
As
resenhas dos alunos terão a mesma função que têm socialmente: dar informações
suficientes a respeito de um livro a um leitor em potencial que, de posse das
informações, decide lê-lo ou não.
Objetivos:
Os alunos serão capazes de:
a) reescrever uma resenha lida e analisada em classe;
b) reconhecer os elementos linguísticos que entram na organização deste gênero textual;
c) escrever uma resenha crítica para um ou mais livros do acervo de leituras da classe;
d) definir resenha;
e) reconstruir oralmente o percurso que fizeram na atividade (metacognição);
f) consultar a caixa de resenhas, no momento de escolher um livro da biblioteca de classe
Recursos didáticos:
Os alunos serão capazes de:
a) reescrever uma resenha lida e analisada em classe;
b) reconhecer os elementos linguísticos que entram na organização deste gênero textual;
c) escrever uma resenha crítica para um ou mais livros do acervo de leituras da classe;
d) definir resenha;
e) reconstruir oralmente o percurso que fizeram na atividade (metacognição);
f) consultar a caixa de resenhas, no momento de escolher um livro da biblioteca de classe
Os alunos deverão sentar-se em duplas.
Procedimentos:
1) Avise a classe sobre o dia da atividade, pedindo aos alunos que
pesquisem, em casa, o que significa "resenha".
2) Selecione para a aula um bom acervo de resenhas, de jornais, revistas,
catálogos de editoras etc.
3) No dia marcado, faça uma introdução sobre o assunto e o andamento da aula,
explicando seus objetivos e como ela será desenvolvida.
4) Solicite aos alunos que digam o que entendem por resenha, escrevendo suas
respostas numa folha grande de papel que ficará exposta na parede da classe
durante toda a atividade, para posterior confronto com os conceitos que
surgirem após a atividade.
5) Distribua às duplas de alunos duas resenhas diferentes. Avise que você fará
uma leitura em voz alta e peça que eles observem nos textos que têm em mãos,
enquanto escutam, qual é a finalidade deste tipo de texto. Terminada a leitura,
a classe deverá dizer o que concluiu ser a intenção de uma resenha. Novamente,
anote as respostas dos alunos na folha grande de papel.
6) O momento seguinte é de estudo da estrutura da resenha. Para isso, você
deverá selecionar uma resenha de cada vez, dizendo que a análise deverá servir
para responder as perguntas: "Como esse tipo de texto é organizado?",
"Assemelha-se a uma história, a uma notícia, a um texto de opinião, a um
relatório, ou a um texto didático?", "O adjetivo tem papel importante
numa resenha crítica?", "Que informações não podem faltar numa
resenha?". Assim, durante todo o trabalho, você estará desafiando os
alunos provocando reflexões e favorecendo a busca por respostas.
7) Ao final da análise, elabore junto com os alunos uma síntese sobre o que é
uma resenha, qual é sua função e como se estrutura este gênero textual,
escrevendo as conclusões numa folha grande de papel que, enquanto durar a
atividade, também ficará exposta na parede, junto com as demais, formando um
painel.
8) O passo seguinte é propor aos alunos que, em duplas, em duas aulas, reescrevam
de memória, sem consultar o texto original, mas podendo recorrer ao painel, uma
das resenhas analisadas anteriormente, com o objetivo de avaliar o que eles
apreenderam e do que se apropriaram em relação à estrutura e linguagem de uma
resenha. Quando estiverem prontas, você lerá as reescritas, comentando-as,
apontando por escrito, em cada uma, o que precisa ser melhorado: em primeiro
lugar, com relação à estrutura da resenha e, só depois disso, corrigindo os
problemas relativos à linguagem: ortografia, acentuação, concordância, regência
e pontuação.
9) Depois disso, as duplas, em classe, deverão passar a limpo sua reescrita.
Assim, você poderá acompanhar os alunos em seu processo de revisão.
10) Após todas estas etapas, com o objetivo de tomar consciência do próprio
processo de aprendizagem, os alunos deverão contar oralmente, reconstruindo seu
percurso, o que fizeram para aprender o que é resenha.
11) Concluído o trabalho, peça aos alunos que comparem seus conceitos
anteriores com os atuais, consultando o que foi escrito nas folhas que ficaram
penduradas na parede. Houve mudanças? Quais? Nesse momento da comparação, faça
anotações das observações orais dos alunos nas folhas da parede.
12) Ao final, faça uma síntese da evolução da classe - o que sabiam antes do
trabalho e o que sabem agora, depois de passar por todo o processo de
aprendizagem do que é, da função e de como se estrutura uma resenha.
13) Depois de aprender a escrever uma resenha e de saber qual é sua função, é
hora de pôr em prática o que foi aprendido: cada aluno escolhe um livro do
acervo da biblioteca de classe para ler em casa e, depois, resenhar.
14) A resenha, depois de pronta, passará por uma revisão orientada por você e,
só então, será passada a limpo nas fichas que irão compor a Caixa de Resenhas
dos livros da classe. A partir dessa atividade, toda vez que o aluno for
retirar um livro da biblioteca de classe, deverá consultar também as resenhas,
que estarão, então, cumprindo sua função e contribuindo para a formação do
leitor crítico.
Avaliação:
Você tem várias oportunidades de avaliar o aluno, de perceber seus avanços e dificuldades e de interferir neste processo, pois, a todo momento, em sua presença, o aluno está se expondo oralmente e por escrito.
Lembrete
a) Resenhas de diferentes tipos podem ser encontradas nos catálogos das editoras; nos jornais, podem ser encontradas nos cadernos infantis, de variedades e em suplementos especiais; nas revistas, nas seções dedicadas a comentar lançamentos.
b) Mostrar aos alunos a importância do adjetivo na descrição e no julgamento de uma obra.
c) Ao final do ano, a 6a série deixa sua Caixa de Resenhas para a 6a série do ano seguinte.
A caixa não é da classe, mas da série. Esta é uma forma de incentivar o espírito de cooperação e de percepção do outro.
Contextualização:
O leitor crítico é aquele que dialoga com o texto. Para escrever uma
resenha, é preciso que seu autor olhe para o texto com olhos de quem quer
enxergar, exercitando seu poder de análise e criticidade.
Possibilidade interdisciplinar:
Todos os eventos da escola podem merecer resenhas críticas de diferentes
pontos de vista, que são expostas no mural ou publicadas no jornal escolar
"Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto,
enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias
que o envolvem.
O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (...) ou textos e obras culturais (...) ."
"..., a importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta."
"A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador, ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.
A resenha descritiva consta de:
a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
- nome do autor;
- título completo e exato da obra;
- nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra;
- lugar e data da publicação;
- número de volumes e páginas.
No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor.
b) uma parte com o resumo da obra:
- indicação sucinta do assunto global da obra e do ponto de vista adotado pelo autor;
- resumo que apresenta os pontos essenciais do texto.
Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados, entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor, o valor da obra, etc."
(Fonte: Fiorin, José Luiz & Savioli, Francisco Platão. Para entender o texto - leitura e redação. São Paulo, Ática, 1997.)
O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (...) ou textos e obras culturais (...) ."
"..., a importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta."
"A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador, ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.
A resenha descritiva consta de:
a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
- nome do autor;
- título completo e exato da obra;
- nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra;
- lugar e data da publicação;
- número de volumes e páginas.
No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor.
b) uma parte com o resumo da obra:
- indicação sucinta do assunto global da obra e do ponto de vista adotado pelo autor;
- resumo que apresenta os pontos essenciais do texto.
Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados, entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor, o valor da obra, etc."
(Fonte: Fiorin, José Luiz & Savioli, Francisco Platão. Para entender o texto - leitura e redação. São Paulo, Ática, 1997.)
Resenhando a fada que tinha ideias
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