A lebre mexeriqueira
Vivia numa linda floresta, cheia de árvores frondosas e regatos de águas cristalinas, uma formosa lebre chamada Pitanga. Os bichinhos da mata lhe puseram esse nome porque seus olhos eram vermelhos como pitangas e ela gostava muito de comer essas deliciosas frutinhas... Ela era, realmente, uma gracinha! Possuía um focinho cor-de-rosa, orelhas pequeninas e mimosas, pelos brilhantes, sedosos e a cauda branquinha, tão delicada, tão macia que mais parecia um punhado de algodão. Pitanga tinha, no entanto, um terrível defeito: era muito mexeriqueira!
Se encontrava um corvo palestrando com um pombo, escondia-se sorrateiramente, atrás de uma árvore e ficava tão quietinha ouvindo a conversa. Depois ia espalhar pela mata inteira tudo o que tinha ouvido e também o que não tinha.
Aconteceu que, ao fim de certo tempo, a mata ficou em grande polvorosa, ninguém mais se entendia. Não havia mais harmonia entre os animais.
A lebre morria de rir da confusão que provocava entre a bicharada. Então o rei da floresta, vendo que aquela lebrinha era a causa de tantas discórdias, chamou-a à sua presença e repreendeu-a com energia.
A lebrinha, morrendo de medo, arregalava os olhinhos vermelhos e tremia da cabeça aos pés, prometendo emendar-se e nunca mais fazer intrigas.
Quando o rei a mandou de volta, segurou-a pelas orelhas e foi soltando devagarinho. À medida que as orelhas iam escorregando entre as mãos do rei, elas iam se esticando.
Quando ele viu que estavam bem longas, soltou-as de uma vez. Desde esse dia, a lebrinha muito tímida, vive a sua vida sem se preocupar com a vida dos outros e é muito querida por todos, apesar do tamanho de suas orelhas.
O feijão,a palha e a brasa
Em uma pequena casa, morava uma velhinha muito caprichosa, e, por isso, seu fogão de lenha era bem cuidado.
Um dia a velhinha não percebeu a falta de uma palha, um grão de feijão e uma brasinha que antes estavam no fogão.
Os três tinham escapado e conversavam em um cantinho da cozinha.
A palhinha disse:
- Se eu não fugisse, a água fervente cairia em cima de mim quando a panela virou.
Disse a brasinha:
- Se eu não fosse esperta, já teria morrido e virado cinzas.
Por último, falou o feijão:
- Eu, como vocês, também fugi a tempo, senão já teria sido cozido.
Conversa vai, conversa vem, os três resolveram dar um passeio e logo encontraram um riacho.
Como nenhum deles sabia nadar, pensavam em um modo de atravessá-lo. Muito ativa, a palhinha disse:
- Vou ficar esticada, servindo de ponte, e vocês passam um de cada vez, e logo depois eu também irei para o outro lado.
A palha se esticou e a brasa passou primeiro, queimou a palha, caiu na água e se apagou.
A palhinha, sentindo a dor em sua barriga, soltou a mão da beira do riacho e também caiu na água.
O feijão, que não pôde passar, achou tanta graça, que riu até estourar. Porém, logo ficou triste, pois não sabia como se arranjar.
Teve muita sorte pois um alfaiate passou por ali e o costurou com linha preta.
É por isso que hoje ele tem um olhinho branco em sua barriga.
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