Mitos (personagens folclóricos)
Autor: Daniela Amaral Silva Freitas
Co-autor:Luiz Prazeres
Estrutura Curricular
Língua Portuguesa:
Língua escrita: gêneros discursivos
Linguagem oral e escrita :
Falar e escutar
Práticas de escrita, leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
– Identificar os elementos organizacionais e estruturais dos textos acerca dos mitos.
– Identificar a finalidade de tais textos.
– Identificar aspectos explícitos e implícitos do texto (intertextualidade).
– Antecipar conteúdos de textos a serem lidos em função de seu suporte, de seu gênero e de sua contextualização.
– Buscar pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas (fazer inferência), ampliando a compreensão dos textos lidos.
Duração das atividades:5 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Realidade e ficção.
Verossimilhança.
Gêneros textuais orais.
Personagens do folclore brasileiro.
Estratégias e recursos da aula
ATIVIDADE 1:
Propor, como um desafio para os alunos, a leitura de um pequeno trecho retirado de uma matéria da revista Almanaque Brasil.
Esse desafio consiste no fato de os alunos tentarem adivinhar a que personagens o texto se refere.
Para a realização dessa atividade, o professor pode agrupar os alunos em trios e deixar que eles troquem suas impressões sobre o trecho.
Eis o trecho:
Atenção.
Eles são capazes de qualquer coisa.
De azedar o leite a raptar crianças que teimam em não dormir; de tirar gente do rumo de casa a roubar presentes.
Quebram pontas de agulha, desferem coices, queimam os desavisados.
Tem de todo tipo, pra todo gosto e de todos os cantos
(...) Tem uns que não se sabe nem de onde vêm.
Para verificar as conclusões a que chegaram os alunos e saber o quanto sabem das personagens da “mitologia brasileira”, o professor pode fazer perguntas acerca de cada uma das ações narradas: a quem geralmente é atribuída a ação de azedar o leite?
E de raptar crianças que teimam em não dormir?
E de roubar presentes?
E assim sucessivamente.
ATIVIDADE 2:
Mostrar a seguinte imagem para os alunos:
Perguntar a eles se reconhecem alguma das personagens que aparecem na imagem.
À medida que forem reconhecendo as personagens, pedir que digam que elementos os levaram a identificar cada uma delas.
O professor pode dividir a lousa em cinco partes e ir anotando o que os alunos forem dizendo.
Solicitar também que descrevam o espaço onde essas personagens estão.
Por que todas estão encostadas na parede?
O que representam as linhas na parede?
Levá-los a identificar um contexto de identificação de suspeitos de crimes, que ficam perfilados para serem apontados como responsáveis por um crime pelas vítimas.
Caso os alunos não identifiquem todas as personagens (Alamoa, Papa-Figo, Curupira, Pisadeira, Boto), o professor pode apresentá-las de forma simplificada.
Em seguida, ler a introdução da matéria “Outros mitos que metem medo”, que apresenta o julgamento que irá acontecer, no decorrer do texto, com as personagens retratadas na ilustração. A matéria está disponível em:
Discutir com os alunos o que é um julgamento.
Perguntar o que eles sabem sobre isso, se já ouviram falar de algum (lembrar alguns julgamentos amplamente divulgados pela mídia).
Explicar que, quando alguém descumpre uma lei, essa pessoa pode ser acusada, julgada e condenada ou absolvida.
Após essa explanação, deve-se dividir a turma em cinco grupos e pedir que cada um deles estude uma das personagens.
O professor deve levar a descrição de cada personagem e a acusação feita sobre ela (disponível na matéria) e entregar para os grupos.
Pedir que cada grupo prepare a apresentação da personagem e a acusação contra ela.
Se possível, o texto pode ser lido na tela do computador, no laboratório de informática.
ATIVIDADE 3:
Organizar a sala como se fosse um tribunal de júri.
Explicar para a turma como funcionará a atividade e, em seguida, desenvolvê-la:
– Escolher, de antemão, um dos alunos para representar o juiz, que conduz os trabalhos de defesa e de acusação e que lerá a sentença final.
– Pedir para que cada grupo escolha dois integrantes: um para defender o acusado e outro para relatar o que se sabe sobre as personagens e ler as acusações.
– Pedir que os “réus” se sentem de um lado da sala, os “acusadores” do outro e o juiz ao centro, à frente e todos.
– Após a apresentação de cada grupo, pedir que o juiz leia a sentença final.
O professor deve ser o narrador (quem organizará a atividade).
ATIVIDADE 4:
Organizar um debate sobre como se deu o julgamento.
Perguntar para os alunos por que os acusados foram absolvidos.
Levá-los a refletir que, caso se tratasse de seres humanos, o resultado seria diferente, mas que, por se tratar de uma brincadeira com seres do nosso folclore, podem ganhar liberdade.
Conversar com eles que muitos povos acreditavam/acreditam em mitos e lenda.
Que esse tipo de narrativa, em que o maravilhoso e o imaginário ultrapassam o histórico e o verdadeiro está presente em diferentes culturas.
Perguntar se conhecem alguma dessas narrativas e de que cultura são.
Após essa sondagem, pedir que os alunos pesquisem, nas diferentes culturas, esse tipo de narrativa nas quais é atribuída, a personagens fictícios, a responsabilidade por acontecimentos da ordem do cotidiano. Marcar com os alunos uma data para a apresentação dos resultados da pesquisa.
Pedir que preparem, para expor para os colegas, um pequeno texto que contenha a apresentação da personagem e a “acusação” feita a ela.
Se possível, peça para trazerem ou fazerem ilustrações da personagem a serem apresentadas.
Recursos Complementares
O professor que quiser se aprofundar na discussão sobre o assunto, pode acessar os seguintes endereços eletrônicos: http://psicoforum.br.tripod.com/index/artigos/mito1.htm
Avaliação
ATIVIDADE 5: (avaliativa)
Pedir que os alunos façam a apresentação da personagem que encontraram para os outros colegas.
À medida que forem apresentando, pedir que destaquem o caráter maravilhoso, imaginário, no qual se baseia a construção da personagem.
O professor deve observar, durante todo o desenvolvimento das atividades se os alunos conseguem fazer, e de que maneira, uma separação entre o que é do âmbito da ficção (pensamento mitológico, maravilhoso) e o que é do âmbito da realidade (pensamento lógico, racional).
Em seguida, problematizar e discutir com a turma sobre a diversidade de acontecimentos que são atribuídos a um poder/ser sobrenatural.
Propor que escrevam um texto coletivo sobre essa maneira de se ler o mundo, atribuindo a seres folclóricos a responsabilidade sobre determinados acontecimentos.
MITOS DO FOLCLORE - AULA 3
Autor Glória Maria de Oliveira
Co-autor(es) :Simone de Alencastre Rodrigues e Soymara Vieira Emilião
Estrutura Curricular
Alfabetização :Concepção de alfabetização
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
• Conhecer personagens da cultura de seu país;
• Ampliar seu repertório cultural com mais um conhecimento acerca da cultura popular brasileira;
• Desenvolver a expressão oral;
• Participar das discussões ouvindo e expressando suas opiniões.
Duração das atividades: 2 aulas de 50 minutos cada que correspondem a 100 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Informações obtidas com os familiares sobre o tema abordado.
Estratégias e recursos da aula
A professora inicia perguntando o que eles sabem sobre Folclore, e vai registrando no blocão o conhecimento das crianças acerca deste assunto.
Após este registro explica à classe que folclore é um tema vasto, que envolve as pessoas, a sociedade e tudo que as cercam, mas que este será um que se restringirá somente aos mitos.
Dirigindo-se à classe pergunta se eles sabem nomear algum, ou caso já tenha surgido algum, se eles conhecem outros.
Listar os conhecidos e dizer que estaremos estudando mais alguns.
Ler a lista dos mitos citados.
Sugerir a classe uma votação a fim de estabelecer um critério para a escolha da leitura desses.
Vamos imaginar que o mais votado tenha sido a MULA SEM CABEÇA.
A professora distribui uma ficha, contendo um texto que fala sobre esta personagem e junto com os alunos, faz uma leitura oral, explora bem oralmente as características dessa personagem.
Depois pede para os alunos ilustrarem a MULA SEM CABEÇA, respeitando suas características, escrevendo de forma espontânea o aspecto desta personagem, que mais despertou a sua curiosidade
A professora sugere a elaboração de um cartaz com os nomes dos mitos de A a Z, onde tiver mais de um mito, através de uma votação, a turma elege apenas um nome para constar no “Alfabeto dos mitos”.
Após a elaboração desta listagem, a professora pede aos alunos que copiem do quadro seu “Alfabeto dos mitos”.
Segue modelo de um Alfabeto dos Mitos.
Recursos Complementares
Folha para cópia do “Alfabeto dos mitos”.
Sugestão bibliográfica:
Título: Folcloriando
Autor: Almir Piedade
Ilustrador: André Vilela e Mirela Spinelli
Editora Elementar
Título: Personagens encantados
Autor:Ingrid B. Bellinghausen
Edirora DCL DCL
Título: O mais assustador do folclore: Monstros da mitologia brasileira
Autor: Luciana Garcia
ILustradores: Roger Cruz e Bruna Brito
Editora Caramelo
Titulo:Meu Livro do Folclore
Autor: Ricardo Azevedo
Editora: Ática
Título: Mitos,histórias do mestre André
Autor: Marcelo Xavier
Editora: Formato
Avaliação
Verificar avanços pontuais frente aos conhecimentos prévios apresentados acerca do tema abordado.
Observar a comunicação oral, assim como a expressão de opiniões dos alunos.
Verificar como a criança apropria-se do recurso de cópia do quadro para a folha de papel.
Faz-se necessário, até mesmo a titulo de avaliação deixar o registro na sala e ao término do projeto a professora retornar e fazer um novo registro acrescentando assim os conhecimentos obtidos pelos alunos no decorrer das aulas.
MITOS DO FOLCLORE - LEITURA
Autor Glória Maria de Oliveira
Co-autores:Simone de Alencastre Rodrigues e Soymara Vieira Emilião
Estrutura Curricular
Alfabetização Processos de leitura
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
• Desenvolver estratégias de compreensão na leitura
• Desenvolver a expressão oral
• Participar das discussões ouvindo e expressando suas opiniões
• O prazer proporcionado pela leitura, assim como a aquisição de novos conhecimentos;
Duração das atividades: 2 aulas de 50 minutos cada que correspondem a 100 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Os conhecimentos adquiridos na aula anterior, Mitos do Folclore (AULA 3) , onde a professora faz a explanação sobre o tema abordado.
Estratégias e recursos da aula
A professora apresenta o cartaz com o nome de todos os mitos encontrados – da letra A até a Z.
Distribuiu as seis fichas com pequenos textos sobre estes mitos.
As crianças lêem para a classe, após a leitura a professora explora oralmente as informações obtidas através da leitura, pede para marcar algumas palavras mais significativas, como o nome, característica...
Após a exploração da leitura a professora pede para que os alunos ilustrem os mitos, sempre atentos às suas características.
Estas fichas deverão ser guardadas pois ao término das leituras, cada criança confeccionará seu livro de mitos.
A seguir apresento as fichas com algumas possíveis explorações:
1 - Quem é o boto?
• Para que serve o buraco que ele procura esconder com um chapéu?
• Onde vive o golfinho?
2 - Por que ele tem este nome?
• Descreva esta personagem.
3 -A quem as Encantadas tentam atrair?
• O que elas fazem?
• Marque no texto as cores dos cabelos das Encantadas.
4- Marque no texto as palavras que a professora ditará:
1- lenda; 2 – mulher; 3- homem; 4 – lobisomem; 5 - menino
• O que é preciso para se transformar em uma Mula-sem-cabeça?
• Descreva o Saci-Pererê.
Recursos Complementares
Idem ao anterior
Avaliação
O desenvolvimento quanto à habilidade de ouvir e falar.
O grau de interesse pela leitura.
Identificar as estratégias que os alunos utilizam durante a leitura.
Verificar se as crianças reconhecem a estrutura dos textos lidos.
O mais assustador do folclore
Luciana Garcia
Iluatrações:Roger Cruz e Bruna Brito
Quibungo
Pisadeira
Cabra Cabriola + AQUI
Lobisomen
Chibamba
Labatut
Mula-sem-cabeça
Encantadas
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