O valor da ética
Coleção Pequenas Lições
Editora Soler
Vejam o livro aqui:
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Thiago tinha onze anos e, frequentemente, ia pescar no cais junto à casa de campo da sua família.
Era uma diversãopara ele e um momento de ficar com seu pai.
A temporada de pesca de carpas estava proibida para reprodução esó seria liberada no dia seguinte, mas ele e o pai saíram no fim da tardepara pegar tilápias e douradas, cuja pesca era liberada.
Thiago amarrou uma isca e começou a praticar arremessos,provocando ondulações coloridas na água.Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outrolado da linha.
O pai olhava muito admirado enquanto Thiago,habilmente, puxava o peixe.
Finalmente, com muito cuidado, ele levantou o peixe exausto daágua.
Ficou frente a frente com o peixe. Era o maior que tinha visto, masera uma carpa, cuja pesca só era permitida na temporada.
Thiago e o pai olharam para o peixe, tão bonito, a guelra para trás e para frente sob a luz da lua.O pai acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Eram dez da noite e faltavam duas horas para a abertura datemporada.
O pai olhou para o peixe, depois para Thiago.
_ Você tem que devolvê-lo à água, filho.
_ Mas, papai!!!
_ Vai aparecer outro peixe. Disse o pai.
_ Não tão grande como este. Respondeu Thiago, quase chorando...
O menino olha à volta do lago. Não havia ninguém. Olhou novamente para o pai.
Mesmo sem ninguém por perto, Thiago sabia, pela clareza da voz do pai, que a decisão não era negociável.
Devagar tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
Feito isso, Thiago imaginou que jamais veria um peixão como aquele.Isso aconteceu há trinta e quatro anos.
Hoje, Thiago agora é um arquiteto de sucesso.
A casa de campo de seu pai ainda está lá e ele leva seus filhos e filhas para pescar no mesmo cais. E ele estava certo.
Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como daquela noite, há tanto tempo atrás.
O valor da ética/Legrand Belo Horizonte
Coleção Pequenas LiçõesSoler Editora, 2007.
QUESTÃO 01
Thiago e o pai saíam sempre para pescar, por que:
a) não tinham outra coisa para fazer na casa de campo.
b) não havia jeito de comprar peixe perto da casa de campo
c) era uma maneira de se divertirem e ficarem juntos no final de semana.
d) queriam aproveitar a temporada de pesca liberada de tilápias e douradas.
QUESTÃO 02
“Thiago amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água.” A frase acima quer dizer que:
a) Thiago estava treinando jogar a vara e a linha provocava o balanço da água.
b) o garoto arremessava a linha e o anzol para ondular a água.
c) a isca provocava ondulações coloridas na água.
d) ele não sabia pescar, por isso, ao jogar a vara, provocava ondulação na água.
QUESTÃO 03
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O caniço vergou, pois:
a) ele é feito de madeira fraca.
b) o garoto não sabia mantê-lo reto.
c) o caniço sempre verga na pescaria.
d) o peixe era muito grande e pesado.
QUESTÃO 04
O pai olhou no relógio, por que:
a) queria ver a que horas Thiago havia pegado um grande peixe.
b) estava tarde e queria saber se já era hora de voltar para casa.
c) precisava saber se já era a hora permitida para a pesca da carpa.
d) queria saber quanto tempo o filho levou para pegar o peixe.
QUESTÃO 05
O pai quis que o garoto devolvesse o peixe à água, pois
a) eles não haviam combinado de pescar carpas.
b) a pesca de carpa não estava permitida.
c) ao olhar o peixe no anzol, ele teve dó.
d) queria que o filho pescasse um peixe maior que aquele.
QUESTÃO 06
Thiago não insistiu em ficar com o peixe, pois:
a) o pai disse que ele pegaria outro maior.
b) não queria teimar com o pai.
c) como o pai, ele também teve dó do peixe.
d) percebeu que o pai não iria mudar de ideia.
QUESTÃO 07
Thiago nunca mais conseguiu esquecer esse dia, por que:
a) foi uma pescaria muito divertida.
b) ele ficou muito magoado com o pai.
c) sempre que chegava na casa de campo, via o rio.
d) foi o maior peixe que ele pescou em sua vida.
QUESTÃO 08
Thiago imaginou que jamais veria um peixão como aquele.
A palavra peixão , na frase anterior, significa que:
a) era um peixe de excelente qualidade.
b) o peixe era enorme.
c) o peixe era de tamanho médio.
d) nenhuma das alternativas acima.
Um conto sobre a ética
Certo dia, a Ética desceu do Olimpo sob a forma de uma linda mulher e dirigiu-se a um reino poderoso. Todos, ao vê-la a distância, ficavam maravilhados, achavam-na linda. No entanto, à medida que se aproximava, fechavam-lhe as portas.
A Ética tentava comunicar-se, mas em vão: ninguém queria defrontar-se com ela. Para todos, bastava sua visão , olhar de longe, enaltecer sua existência... e só!
Finalmente, acabrunhada, resolveu retirar-se. No caminho, encontrou a Verdade, que se espantou com a sua profunda tristeza:.
- Que foi, minha irmã? O que tanto a magoou?
- Cheguei em missão de paz, mas ninguém quis receber-me – disse a Ética. - Não entendo as razões porque sou rejeitada..
A verdade levantou-se, postou-se diante dela e, de maneira firme, disse:
- Olhe-me de frente!
A Ética o fez.
- Não percebeu algo interessante?- perguntou a Verdade
A Ética estava confusa. Estranhava que tanto ela como a verdade pareciam trocar reflexos enquanto se olhavam. Então a Verdade explicou:
- Eu também passo por isso que você enfrentou todos os dias, sabe porque? Porque nós somos iguais! Ninguém, nem mesmo você, minha cara Ética, foi capaz de perceber que nós duas somos espelhos.
Para algumas pessoas, a pior coisa que pode acontecer é se verem refletidas em nós.
"Minha querida alma, faça de mim, hoje e sempre, um seguidor da Verdade, um discípulo da Ética".
A ética de Socrates
As três peneiras
Na Grécia Antiga, Sócrates detinha uma alta reputação e era muito estimado pelo seu elevado conhecimento. Um dia, um conhecido do grande filósofo aproximou-se dele e disse:
- Sócrates, sabes o que eu acabei de ouvir acerca daquele teu amigo?
- Espera um minuto - respondeu Sócrates - Antes que me digas alguma coisa, gostaria de te fazer um teste. Chama-se o “Teste do Filtro Triplo”.
- Filtro Triplo?
- Sim – continuou Sócrates – Antes que me fales do meu amigo talvez fosse uma boa idéia parar um momento e filtrar aquilo que vais dizer.
Por isso é que eu lhe chamei “o Filtro Triplo”.
O primeiro filtro é a VERDADE.
Tens a certeza absoluta de que aquilo que me vais dizer é perfeitamente verdadeiro?
- Não – disse o homem – o que acontece é que ouvi dizer que...
- Então não sabes se é verdade.
Passemos ao segundo filtro, que é a BONDADE.
O que me vais dizer sobre o meu amigo é BOM?
- Não, muito pelo contrário...
- Então, queres dizer-me algo mau sobre ele e ainda por cima nem sabes se é ou não verdadeiro? Mas bem, pode ser que ainda passes o terceiro filtro.
O último filtro é a UTILIDADE.
O que me ais dizer sobre o meu amigo será útil para mim ou para ele?
- Não, acho que não...
- Bem, se o que me dirás não é nem verdadeiro, nem bom e nem útil, para que dizer-me?
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Usemos o Triplo Filtro na nossa vida diária, cada vez que formos falar sobre alguém!
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